“O forward guidance deixa de existir e a condução da política monetária seguirá, doravante, a análise usual do balanço de riscos para a inflação prospectiva”, afirmou o Comitê de Política Monetária (Copom) em comunicado.
Com o ‘forward guidance’ (orientação futura), adotado em agosto, o Copom se comprometeu a não elevar os juros até que as expectativas e projeções de inflação se aproximassem das metas no horizonte considerado relevante para a política monetária (até 2022) e contanto que o governo mantivesse seu regime fiscal.
Em sua última reunião de 2020, em dezembro, o Copom afirmou que as condições para o ‘forward guidance’ poderiam não estar mais satisfeitas “em breve”, mas ressaltou que a retirada da orientação não implicaria mecanicamente uma elevação da taxa de juros.
Na última semana, o diretor de Política Monetária do BC, Bruno Serra, disse, por outro lado, que não haveria impedimento a uma elevação dos juros logo após a retirada do ‘forward guidance’ e que considerava “natural” uma discussão sobre a normalização da Selic.
Esta foi a quarta reunião seguida em que o Comitê de Política Monetária (Copom) manteve a taxa de juros estável. Em pesquisa Reuters, todos os 32 economistas consultados esperavam a manutenção da Selic, mas em meio a pressões inflacionárias, a maioria indicou que o viés para os juros é de alta.
A inflação ao consumidor medida pelo IPCA fechou 2020 em 4,52%, acima da meta central de inflação de 4%. A meta deste ano é de 3,75%, também com uma margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. (Com Reuters)
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