Por décadas sendo líder na tecnologia de produção de chips, a Intel perdeu sua vantagem nos últimos anos para rivais taiuaneses e sul-coreanos e agora avalia se recorre a outras empresas para produzir alguns de seus futuros processadores, que têm previsão de lançamento em 2023.
Gelsinger, que começou a carreira na Intel aos 18 anos e passou 30 anos na companhia, estava entre os principais candidatos para assumir o comando da empresa, disseram analistas. As ações da Intel subiam cerca de 8% nesta tarde após o anúncio.
Gelsinger enfrentou transições similares no comando da VMWare desde 2012. Ele guiou a empresa de maneira bem-sucedida de uma era em que empresas detinham suas próprias centrais de processamento de dados para uma em que estas centrais foram terceirizadas para provedores de serviços de computação em nuvem. Ele também manteve-se aberto às tendências de software de código aberto que acabaram varrendo a indústria.
Gelsinger, que vai assumir a Intel em 15 de fevereiro, liderou mais de uma dezena de programas de microprocessadores na Intel e se tornou o primeiro vice-presidente de tecnologia da companhia.
Em uma mensagem aos funcionários da Intel, Gelsinger afirmou que tem satisfação em “voltar para casa”.
Analistas esperam que a Intel acerte uma parceria com outra fábrica de chips como parte da estratégia para resolver seus desafios problemas de produção.
Na Intel, Gelsinger vai enfrentar anos de jogadas malsucedidas da empresa. Sob o presidente-executivo anterior Brian Krzanich, a Intel ingressou em novos segmentos como chips para telecomunicações sem ter sucesso e estourou três anos de prazos no desenvolvimento do processo de produção de 10 nanômetros. Isso permitiu que rivais como TSMC e Samsung ganhassem terreno, algo que alguns analistas afirmam que atualmente é uma distância insuperável.
Nesta quarta, a Intel afirmou que espera superar as expectativas de resultados do quarto trimestre e que conseguiu “forte progresso” na solução de problemas da tecnologia de produção de chips de 7 nanômetros.
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