Em relatório, o economista-chefe para Brasil do Barclays, Roberto Secemski, também aumentou a projeção para o IPCA de 2021, que ficará em 3,9%, ante 3,6% estimado antes – portanto, acima da meta central perseguida pelo BC, de 3,75% para este ano.
“Sinais crescentes de que o apoio fiscal às famílias será reintroduzido em meio a novas pressões dos preços no atacado nos levam a revisar nossa projeção para o IPCA de 2021”, disse Secemski, que vê a inflação alcançando um pico de 6,5% na leitura anual de maio – bem acima do teto da banda de tolerância da meta do BC, entre 2,25% e 5,25%.
Com a inflação mais alta e a consequente subida antecipada dos juros, Secemski disse que a magnitude do movimento do Copom – que será de 25 pontos-base ou 50 pontos-base, em sua visão – está condicionado a mais detalhes de uma eventual extensão do auxílio emergencial e à evolução da inflação de curto prazo. Por ora, o economista projeta acréscimo de 25 pontos-base nos juros em março.
“Esperamos que a ‘normalização parcial’ do BCB, defendida por alguns membros do Copom na ata de janeiro, leve a Selic para 4,00% até setembro, quando seria feita uma pausa estratégica antes da retomada do ciclo para níveis neutros (6%) em 2022, consistente com a expectativa do banco para o fechamento do hiato do produto brasileiro no próximo ano”, finalizou Secemski.
Nesta terça, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse entender a ansiedade do mercado com dados recentes de inflação, mas frisou que a política monetária precisa mirar o longo prazo e que muitos componentes da inflação são temporários.
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