O banco também disse que incentivará clientes a não comprarem ou produzirem carne bovina ou soja oriundos do Cerrado, que ocupa 20% do Brasil, só financiando aqueles que adotarem uma estratégia de desmatamento zero até 2025.
Grupos ambientalistas disseram que a decisão do BNP Paribas enviou uma mensagem contundente a empresas que negociam commodities na região, mas pressionaram por ações mais rápidas.
A carne bovina e a soja são produtos vistos como catalisadores do desmatamento.
O crescimento populacional e as classes médias em expansão rápida em países como a China estimulam uma explosão de demanda por soja e aumentam o consumo de carne e laticínios.
Alguns cientistas alertam que a floresta amazônica, que se estende por nove países, ruma para uma espiral mortal, já que o desmatamento prossegue aceleradamente.
Metade do Cerrado já foi derrubado e é um dos ecossistemas mais ameaçados do planeta, disseram quatro ONGs ambientalistas em um comunicado conjunto.
“O BNP Paribas está dando mais cinco anos para os negociantes derrubarem florestas impunemente”, disse Klervi Le Guenic, do Canopée –Forêts Vivantes.
No mês passado, o BNP e outros bancos de empréstimos europeus, como Credit Suisse e Dutch bank ING, comprometeram-se a parar de financiar o comércio de petróleo cru do Equador graças à pressão de ativistas que almejam proteger a Amazônia. (Com Reuters)
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