A alta da dívida, que chegou ao final de 2020 em 89,2% do PIB, se deu a despeito de o setor público ter registrado em janeiro superávit primário recorde para o mês, de R$ 58,375 bilhões, saldo que superou a expectativa de analistas e também as despesas com juros no mês.
Para o chefe do Departamento de Estatísticas do BC, Fernando Rocha, o resultado favorável das contas públicas em janeiro reflete um efeito sazonal e não altera a tendência ainda preocupante do quadro fiscal, evidenciada pela alta constante da dívida.
A expectativa de analistas era de um superávit primário de R$ 50 bilhões em janeiro, segundo pesquisa da Reuters.
Em janeiro, os gestores públicos tradicionalmente têm mais dificuldade em liberar despesas. Neste ano, a União está ainda mais amarrada porque o Orçamento de 2021 não foi aprovado pelo Congresso, o que restringe os gastos que podem ser aprovados mensalmente.
Considerando também as despesas com juros, o setor público teve superávit nominal de R$ 17,928 bilhões em janeiro.
A dívida líquida, que computa também os ativos do setor público, recuou no mês passado para 61,6% do PIB, de 63% do PIB em dezembro, respondendo a um aumento do valor em reais das reservas internacionais do país diante da desvalorização de mais de 5% do real frente ao dólar em janeiro. (Com Reuters)
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