Movimento #FreeBritney cresce em meio a novas discussões sobre a tutela da carreira da cantora

10 de fevereiro de 2021
Reprodução/Forbes

Tutela de Britney Spears é mais uma vez o assunto mais comentado após o lançamento do documentário “Framing Britney Spears”

Britney Spears está de volta aos holofotes após o lançamento do documentário “Framing Britney Spears”, fruto de uma parceria entre a Hulu e o “New York Times”. O filme explora a vida da superestrela pop, incluindo a relação com os paparazzi e a mídia, seus relacionamentos equivocados e problemas de saúde mental.

O longa também aborda a tutela, que legalmente dá a terceiros o direito de administrar a carreira da estrela, cuidados médicos e finanças, incluindo pequenas despesas pessoais. O arranjo legal, que está no centro do movimento #FreeBritney, começou em 2008 depois de uma série de colapsos mentais que nomeou o pai da cantora, Jamie Spears, seu tutor. Embora ele tenha sido menos envolvido nessas questões em 2019 devido a problemas de saúde, uma luta jurídica começou no verão passado nos Estados Unidos para removê-lo permanentemente da posição.

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“Minha cliente me informou que tem medo de seu pai”, disse o advogado de Britney, Samuel D. Segundo a “Associated Press”, ele afirmou em novembro no tribunal que “ela não fará shows enquanto seu pai for o responsável por sua carreira”.

A Forbes estima que o valor em jogo no acordo chegue a US$ 60 milhões. Documentos judiciais analisados no ano passado mostraram que Britney tem US$ 56,5 milhões investidos em várias contas em corretoras de valores, negócios e imóveis, enquanto o restante é dinheiro.

Esse patrimônio é resultado de uma carreira lucrativa de três décadas como popstar. De acordo com a Billboard, Britney vendeu quase 150 milhões de discos em todo o mundo. Ela também embarcou em dez grandes turnês que rendiam milhões por noite e ficou durante quatro anos em Las Vegas, onde arrecadou US$ 137,7 milhões numa temporada fixa, segundo o Caesars Entertainment. Os acordos de licenciamento e patrocínio, incluindo sua linha de perfumes “Fantasy”, renderam mais alguns milhões.

A Forbes estima que a cantora pop tenha ganho mais de US$ 30 milhões durante oito dos últimos 20 anos, mas que tenha embolsado apenas uma pequena porcentagem disso. Como a maioria das estrelas, cerca de 25% de sua receita bruta vai para agentes, empresários e advogados, enquanto outros 40% vão para o pagamento de impostos locais e federais. Ela também paga anualmente cerca de meio milhão de dólares em pensão alimentícia para o ex-marido Kevin Federline. Além disso, seu pai controla cerca de 1,5% da receita bruta do que foi obtido em Las Vegas, reduzindo sua renda. Para completar, Britney pagou milhões em despesas jurídicas relacionadas a sua tutela.

Esses valores provavelmente não acabarão tão cedo. Em novembro, um juiz decidiu que seu pai permaneceria como tutor, mas nomeou um cotutor, o fiduciário corporativo Bessemer Trust. Amanhã (11), haverá outra audiência para discutir quem será o responsável pelo patrimônio da cantora.

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Muitos fãs suspeitam que a tutela é mais um evento para que as pessoas ao redor da estrela capitalizem sua fama e tirem vantagem de seu sucesso. Após o documentário, o movimento #FreeBritney ganhou força, com celebridades como Sarah Jessica Parker, Bette Midler e Miley Cyrus expressando apoio. O namorado de Britney, Sam Asghari, criticou no Instagram o pai da popstar. Desde a estreia do documentário, em 5 de fevereiro, a hashtag #FreeBritney foi usada em 251.291 tuítes, um aumento de 377% em relação aos quatro dias anteriores ao lançamento, segundo a empresa de análise ListenFirst.

Britney manteve uma postura sutil sobre o assunto. “Lembre-se, não importa o que pensamos sobre a vida de uma pessoa, não é nada comparado com a pessoa real que vive atrás das lentes!!!”, ela tuitou ontem (9).

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