O preço médio de venda de gasolina nas refinarias da Petrobras subirá aproximadamente 8%, para R$ 2,25 por litro. Já o preço médio de venda de diesel será elevado em cerca de 6% para R$ 2,24 por litro.
O preço médio de venda de gás liquefeito de petróleo (GLP), o chamado gás de cozinha, passará a R$ 2,91 por kg (equivalente a R$ 37,79 por 13 kg), um aumento médio de R$ 0,14 por kg.
Nos cálculos do especialista, o diesel está com defasagem de R$ 0,20 por litro ante a paridade de importação.
A Petrobras reiterou em nota que seus preços têm como referência a chamada paridade de importação, impactada por fatores como os valores do petróleo e o câmbio.
Silva destacou que o real segue desvalorizado frente ao dólar e o petróleo está bastante fortalecido, com perspectivas de programas de estímulo a economia em outros países e de “arrefecimento” da pandemia, com vacinas.
O repasse dos reajustes nas refinarias aos consumidores finais nos postos não é garantido, e depende de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obrigatória de etanol anidro e biodiesel.
As ações preferenciais da Petrobras operavam em queda de cerca de 1,45% às 12h42, após fecharem em alta de 0,69% na sexta, mas longe das máximas do dia, de 4,4%. O Ibovespa subia 0,25% no início da tarde.
Pressões
O ministro pontuou nesta segunda que o governo federal permanece considerando a possibilidade da criação de um fundo com esse objetivo, além de outras medidas que poderão mexer na tributação federal e estadual sobre os combustíveis.
“O Brasil hoje já é o sétimo país produtor de petróleo e o sétimo maior exportador”, disse Albuquerque, em entrevista transmitida pela agência epbr.
“Temos hoje uma outra condição em relação a esses hidrocarbonetos que poderão ser usados, parte desses recursos, para um fundo de estabilização de preços.”
Já sobre a alteração nos tributos, Albuquerque reiterou que o governo deverá propor um projeto de lei para alterar a forma de cobrança do ICMS, um imposto estadual, mas sem interferir na autonomia dos Estados.
“O que se pretende discutir com o Congresso Nacional é como esse cálculo desses tributos estaduais será feito, ou sobre o preço na refinaria, ou sobre um preço especificado a ser estabelecido pelas assembleias legislativas”, afirmou.
As propostas voltaram a ser discutidas em uma coletiva de imprensa na última sexta-feira, após o presidente Jair Bolsonaro cobrar explicações da Petrobras e de ministérios sobre a formação de preços no Brasil, diante de pressões por menores preços e maior previsibilidade por parte de caminhoneiros.
As ações da companhia anularam ganhos no fim da sexta, após uma notícia publicada pela Reuters, com fontes, de que a companhia havia ampliado de três meses para um ano o prazo em que calcula a paridade internacional de preços dos combustíveis, o que foi confirmado pela companhia.
A regra permite à empresa praticar preços de gasolina e diesel acima ou abaixo da paridade de importação durante determinado período, desde que essa diferença “seja mais do que compensada” posteriormente dentro do prazo previsto.
Bolsonaro afirmou que pretende bater o martelo nesta segunda, em reunião com a equipe econômica, sobre medidas para reduzir o valor do PIS/Cofins cobrado sobre o combustível. (Com Reuters)
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