Por que Andy Jassy tem mais ações da Amazon do que qualquer outro funcionário exceto Jeff Bezos, mas não é bilionário

12 de fevereiro de 2021
Reprodução/Forbes

O novo CEO da Amazon tem 81.500 ações da empresa – 0,001% da participação de Jeff Bezos – dando a ele um patrimônio líquido de US$ 435 milhões

Como o fundador da Amazon, Jeff Bezos, observou em sua carta aos funcionários, seu sucessor escolhido é Andy Jassy. O graduado da Harvard Business School o ajudou a ter a ideia de seu negócio de computação em nuvem, a Amazon Web Services, e depois passou 14 anos na casa.

Por seus esforços, Jassy foi bem recompensado, recebendo US$ 349 mil em 2019 e um destacamento de segurança. Mas, relativamente falando, ele recebeu poucas ações da Amazon. O novo CEO atualmente tem apenas 81.500 ações, no valor de cerca de US$ 275 milhões. Ele tem outros US$ 162 milhões estimados em caixa e investimentos, com a venda de ações ao longo dos anos, o que lhe dá um patrimônio líquido de quase US$ 440 milhões.

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Suficiente para um estilo de vida bastante confortável? Sim. Mas isso mostra como é difícil construir riqueza como funcionário contratado, mesmo em uma das empresas mais bem-sucedidas do planeta, que possui um valor de mercado de US$ 1,69 trilhão. Jeff Bezos manteve um controle rígido sobre a propriedade da companhia desde os primeiros dias, detendo cerca de 42% das ações quando abriu o capital da Amazon em 1997.

Mesmo depois de entregar um quarto de suas ações para sua ex-esposa MacKenzie em um acordo de divórcio e vender parte das ações para ir atrás de outros interesses (financiar o empreendimento espacial Blue Origin e comprar o “The Washington Post”), ele ainda tem 53 milhões de ações, ou 11% da empresa. Isso o torna o homem mais rico do planeta, com uma fortuna de US$ 195 bilhões.

Nenhum dos outros principais tenentes de Bezos ficou bilionário com as ações. Jeff Wilke, por exemplo, CCO da Amazon que começou há mais de duas décadas e há muito tempo é considerado a segunda pessoa mais importante na empresa. Ele vale cerca de US$ 400 milhões, com base em aproximadamente 49 mil ações e cerca de US$ 245 milhões em dinheiro com a venda de ações. Wilke anunciou no ano passado que deixaria a empresa no início de 2021.

“Não tenho um novo emprego e estou feliz e orgulhoso da Amazon como sempre”, disse Wilke por e-mail aos funcionários. “Trabalhamos muito. E nos divertimos muito. Então, por que ir embora? É hora de… É hora de tirar um tempo para explorar interesses pessoais que ficaram em segundo plano por mais de duas décadas.”

Jeff Blackburn é outro alto executivo com relativamente poucas ações. Ele ingressou na empresa em 1998, depois de ajudar a torná-la pública no ano anterior. Ele se tornou parte do “S-Team” de Bezos, um círculo interno de consultores, em 2006, e liderou uma série de negócios, incluindo Prime Video, Amazon Studios, Amazon Music e Amazon Advertising. Ele vale US$ 345 milhões, com base em cerca de 67 mil ações e cerca de US$ 118 milhões em dinheiro com a venda de ações. Blackburn, provavelmente procurando também dar uma pausa na intensa carga de trabalho, tirou um ano sabático em 2020.

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A única outra pessoa conhecida por ter entrado no clube bilionário graças ao rápido aumento das ações da Amazon é a família: a saber, a ex-mulher MacKenzie. Os dois se casaram em 1993, um ano antes de Bezos começar a vender livros em sua garagem. Em um acordo de divórcio em 2019, ela recebeu 19,7 milhões de ações, tornando-a a terceira mulher mais rica do mundo, atrás da herdeira da L’Oreal, Françoise Bettencourt Meyers, e da herdeira do Walmart, Alice Walton.

É claro que nem todos os fundadores de empresas de tecnologia detêm tantas ações para si. O Facebook cunhou vários bilionários, incluindo não apenas seus três fundadores, mas também alguns contratados como a COO Sheryl Sandberg e o ex-vice-presidente Jeff Rothschild. Eric Schmidt, que foi apontado como o primeiro CEO do Google em 2001, é outro bilionário que não fundou a empresa. Mas Jassy tem muita companhia entre os CEOs de tecnologia que não são ricos o suficiente para o clube de bilionários, incluindo Satya Nadella da Microsoft.

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