A análise – de autoria de Lauro Gonzalez e Leonardo Oliveira – simulou condições diversas para o auxílio com diferenças em valores, público-alvo, gênero, nível de gravidade da pandemia e região do Brasil. A comparação foi feita com patamares de renda usual pré-pandemia.
Segundo a FGV, trabalhadores invisíveis são aqueles contemplados com o auxílio emergencial e que usualmente não recebem o Bolsa Família ou o benefício de prestação continuada. Já os trabalhadores informais correspondem aos que afirmaram trabalhar sem carteira assinada, a trabalhadores autônomos e a familiares auxiliares.
Sem o benefício, as quedas ficariam entre 28% (mulheres dentro da categoria invisíveis) e 37% (mulheres no grupo invisíveis informais). Para os homens, as perdas seriam de 23% e 30%, respectivamente.
Na outra ponta das simulações do estudo – cenário otimista da pandemia e com valor do auxílio de R$ 250 -, o aumento de renda seria de 18%-23% (homens e mulheres invisíveis, respectivamente) a 17%-25% (homens e mulheres invisíveis informais, respectivamente).
“Todos os estados e o DF apresentariam ganhos, especialmente aqueles das regiões Norte e Nordeste do país”, disseram Lauro Gonzalez e Leonardo Oliveira em referência a ganho de renda para invisíveis informais no melhor dos cenários simulados.
Nos meses em que vigorou no ano passado, os valores mensais pagos no auxílio foram de R$ 600 ou R$ 1.200, caindo posteriormente à faixa entre R$ 300 e R$ 600.
Pressionado pelo Congresso, o governo voltou a debater o tema, com anuência até do ministro da Economia, Paulo Guedes – embora com contrapartidas.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmou nesta terça que a Casa cumprirá seu papel ao aprovar o chamado protocolo fiscal e que, nesse contexto, irá negociar com o Ministério da Economia o pagamento do auxílio emergencial o mais rápido possível. (Com Reuters)
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