Segundo o coordenador do Núcleo Econômico da CNA, Renato Conchon, a estimativa ainda pode ter viés de alta, se a demanda internacional pelos produtos brasileiros ficar aquecida ou a economia interna melhorar; ou de baixa, na hipótese de algum problema de safra, notadamente de milho.
O cereal e a soja são duas das principais culturas do Brasil. No caso da oleaginosa, a safra está bem encaminhada para ter novo recorde, enquanto o país planta a maior parte do cereal na segunda safra, na sequência da colheita da verão, o que está ocorrendo agora.
“O clima é o fator que estamos olhando com mais preocupação, que pode fazer com que haja um recuo do PIB da agropecuária”, acrescentou.
Em 2020, conforme informou hoje (3) o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a Agropecuária foi o único setor que cresceu, com 2%, ante queda de 3,5% na Indústria e recuo de 4,5% em Serviços.
O PIB do país, como um todo, caiu 4,1%, na maior retração em 24 anos sob impacto das medidas de contenção do coronavírus.
Dessa forma, a participação da agropecuária no PIB nacional subiu de 6,7% em 2019 para 7,l% em 2020, disse o especialista da CNA.
“Se o PIB da agropecuária fosse zero, o PIB do Brasil teria caído 4,2 e não 4,1%”, comentou, lembrando que algumas indústrias ligadas ao agronegócio também apresentaram crescimento, como os segmentos de alimentos e de papel e celulose.
“Ou seja, somado e subtraído, o PIB do Brasil teria caído mais, não fosse o agronegócio.”
A CNA tem um cálculo mais abrangente sobre o PIB, considerando também indústrias, incluindo de insumos, o que deixa o indicador ainda mais robusto, comparado com o índice da agropecuária.
Até dezembro, a CNA via um crescimento de 9% no chamado PIB do Agronegócio em 2020, estimativa que deve ser atualizada em breve. (Com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.