Ibovespa fecha em alta com Petrobras e sobe 1,8% na semana após alta da Selic

19 de março de 2021

O Ibovespa terminou o último pregão da semana em alta, avançando 1,21% aos 116.221 pontos, descolando da oscilação observada no exterior com suporte das ações da Petrobras (PETR4), que subiram 3,2% no dia. Na semana, o índice brasileiro valorizou 1,8%.

O movimento positivo na sessão foi amparado ainda pela confirmação de compra 100 milhões de doses da vacina da Pfizer e 38 milhões da Janssen pelo Ministério da Saúde. Os imunizantes da Pfizer serão entregues entre abril e setembro, enquanto as doses da Janssen têm previsão de entrega entre julho e dezembro. O governo federal vai investir R$ 5,63 bilhões e R$ 2,14 bilhões, respectivamente, nas doses das vacinas.

Em Wall Street, os índices encerraram o dia em campo misto, com pressão nas ações dos bancos após o Federal Reserve anunciar mudanças nas regras para alavancagem dos bancos norte-americanos. O Dow Jones terminou o dia em queda de 0,71% aos 32.627 pontos e o S&P 500 recuou 0,06% aos 3.913 pontos, enquanto o Nasdaq avançou 0,76% para 13.215 pontos.

Na semana, as Bolsas norte-americanas foram pressionadas por uma nova escalada nos rendimentos dos Treasuries. No título com vencimento em 10 anos, benchmark da renda fixa norte-americana, a taxa avançou de 1,637% na segunda (14), para 1,722% no fim da tarde desta sexta.

A evolução nos rendimentos é reflexa da saída massiva dos investidores da dívida pública dos EUA frente às expectativas de inflação. Na quarta, o Fed manteve a taxa de juros do país entre zero e 0,25% e projetou a inflação em 2021 para 2,4%, acima da meta anterior de 2%.

O dólar fechou em mínima de mais de três semanas, engatando a quarta queda consecutiva e abaixo dos R$ 5,50 ao fim de uma semana marcada pelo tom mais firme do Banco Central na política monetária e por expectativa de ampla liquidez no mundo com os juros baixos nos Estados Unidos.

No fechamento da sessão, o dólar ficou cotado a R$ 5,48 na venda, queda de 1,54%. O alívio nesta sexta empurrou o dólar para desvalorização de 1,3% no acumulado da semana.

Para o economista da gestora Rio Bravo, João Leal, haverá uma recuperação do real com o ciclo de alta de juros iniciado pelo Banco Central nesta semana, mas a melhora estancará com a moeda entre R$ 5,30 e R$ 5,35, já que o câmbio sentirá os efeitos de ausência de progresso na agenda reformista.

Na última quarta (17), o Banco Central anunciou a elevação de 0,75 p.p. na Selic meta, para 2,75% ao ano e sinalizou elevações da mesma proporção ao longo de 2021.

O Itaú Unibanco destaca que, na próxima semana, o noticiário sobre a evolução da pandemia no Brasil continuará no radar dos investidores. “Nesse contexto, discussões sobre decretação de estado de calamidade pública serão acompanhadas de perto.”

A decretação de estado de calamidade pública em 2020 liberou o governo de cumprir metas fiscais e permitiu o aumento nos gastos para o combate à pandemia. Com isso, o déficit primário do governo central foi a recorde de R$ 743,087 bilhões, 10% do Produto Interno Bruto, agravando o cenário fiscal brasileiro. (Com Reuters)

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