O Ibovespa encerrou o pregão de hoje (18) recuando 1,47% aos 114.835 pontos, em linha com o desempenho negativo das ações em Nova York. A queda no exterior foi amparada por uma nova disparada nos rendimentos dos Treasuries, que avançaram para 1,721% no título com vencimento para 10 anos. Os investidores seguem ampliando as vendas nos títulos da dívida pública norte-americana diante das expectativas de inflação. Ontem, o Federal Reserve projetou a inflação nos EUA em 2021 para 2,4%, acima da meta de 2%.
A performance negativa da Bolsa brasileira tem ainda como pano de fundo a queda de 7% do petróleo, marcando o quinto dia consecutivo de declínio nos preços diante de temores cada vez maiores de recuo na demanda com o aumento no número de casos de Covid-19 na Europa.
De acordo com Rafael Ribeiro, analista da Clear Corretora, o aumento inesperado dos estoques da commodity nos EUA na última semana também colabora para a pressão nos preços do petróleo e derruba as ações da Petrobras.
Os índices em Wall Street encerraram o pregão em forte queda nesta quinta, atingidos pelo aumento dos rendimentos dos Treasuries. As perdas foram aceleradas depois que o primeiro-ministro da França impôs lockdown de um mês em Paris e em várias outras regiões devido à crise sanitária.
O índice Nasdaq Composite despencou 3,02% na sessão para os 13.116 pontos, enquanto o S&P 500 perdeu 1,48% aos 3.915 pontos e o Dow Jones registrou baixa de 0,46% aos 32.862 pontos.
No Twitter, o gestor Alfredo Menezes, sócio na Armor Capital, ponderou que pela lógica de “valuation” um aumento de juros exerceria uma pressão de baixa na bolsa, mas ressaltou que a decisão reduz o risco de inflação, que tem efeito nocivo.
“Estávamos em um processo de desorganização de preços e o BC precisava ancorar as expectativas de inflação”, afirmou Menezes, ex-tesoureiro do Bradesco. (Com Reuters)
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