“Quando a gente fala de comunicação, tudo é cíclico – a marca precisa se adaptar a todo o momento”, afirmou Alexandre Birman, CEO da Arezzo&Co, durante uma palestra no Fórum da Liberdade, na tarde de ontem (13). O designer de sapatos participou de uma sala intitulada “Caiu na rede é venda”, ao lado de Rachel Maia, conselheira administrativa do Grupo Soma & CVC; e de Bel Humberg, fundadora do OQVestir; e debateu sobre o papel das redes sociais e do digital para as vendas do varejo.
À frente do projeto de digitalização da Arezzo desde que assumiu as rédeas do negócio, em 2011, Birman afirma com orgulho que viu o grupo crescer mesmo no cenário da pandemia – tudo por causa do digital. “Tivemos um ‘boom’ no nosso e-commerce, que já era bem maduro e vinha marcando presença há dez anos. Claro, tivemos de acompanhar isso com uma expansão na logística e no SAC, para continuar oferecendo um serviço de alta qualidade. Fazendo essa estruturação, vendemos praticamente a mesma média de sapatos de 2019”, disse.
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Além disso, Birman ressaltou que uma das maneiras de aumentar o faturamento nas plataformas onlines é apostar na produção de conteúdo para as redes sociais. Diferente da estratégia usada há anos atrás, porém, a publicidade não está somente vinculada a anúncios ou contato com influenciadores, mas com a construção de valores associados à marca. E quem não entrar na dinâmica das redes estará perdendo uma ferramenta valiosa de aproximação com o consumidor.
“Não estar nas redes sociais é um luxo que ninguém pode se dar. Não faça isso”, afirma o líder da Arezzo. Para os pequenos comércios, a dica é a mesma: mantenha-se online. “Existe hoje uma série de caminhos e ferramentas gratuitas para o vendedor regional ou que está começando seguir o seu trabalho, basta força de vontade. A primeira delas é o WhatsApp, que não requer muita estrutura”, disse.
Em relação ao futuro do comércio digital, Birman diz que não pode entregar as estratégias da empresa, mas que aconselharia os líderes a voltarem seus olhos com mais atenção a mídias sociais que já existem, como o YouTube. “É um conteúdo mais caro, mas é mais fiel. Estamos trabalhando nele”, finalizou.