Valter Police, planejador fiduciário da Fiduc, explica que a taxa de juros tende a ser uma das variáveis mais afetadas pela escalada da inflação, pois “a expectativa [para os juros] passa a ser de alta, o que causa variações nos títulos de renda fixa, mas também muda a competição na preferência dos investidores entre renda fixa e variável, afetando assim o desempenho das ações.”
LEIA MAIS: Tudo sobre finanças e o mercado de ações
Para Villegas e Ricardo Teixeira, coordenador do MBA em gestão financeira da FGV (Fundação Getulio Vargas), em contextos de aceleração na inflação, como o atual, os investidores podem apostar em alternativas que garantem a manutenção do poder de compra dos recursos, como os títulos com rentabilidade atrelada à inflação, caso do Tesouro IPCA+.
Na renda variável, os especialistas lembram que há ainda a possibilidade de investir em ações de companhias com receitas corrigidas pela inflação, como o setor elétrico, shoppings centers e serviços.
De todo modo, os cuidados em todas as carteiras são os mesmos: entender o seu perfil de investidor, compreender o cenário macroeconômico, montar uma carteira diversificada e “fazer uma boa análise do retorno esperado num horizonte de tempo determinado”, afirma Teixeira.
1. Títulos Públicos Federais
Esses títulos são negociados sob o escopo do Tesouro Nacional através do Tesouro Direto, oferecendo soluções acessíveis para os investidores pessoa física. Segundo o próprio site da instituição, a categoria IPCA+ tem requisito de investimento mínimo de R$ 39,71, com vencimentos que vão de 2026 a 2055. O Tesouro IPCA+ 2026, por exemplo, apresenta remuneração de IPCA + 3,47%.
2. ETFs de inflação
No caso do IB5M11, a gestão é feita pelo Itaú Unibanco, com investimentos negociados em lotes a partir de 300 mil cotas no mercado primário e taxa de administração de 0,25% ao ano. Já o 5MB11 é gerido pelo Bradesco Asset Management, sendo negociado em lotes a partir de 300 mil cotas no mercado primário e taxa de administração de 0,2% ao ano.
3. Fundos de inflação
Os fundos de inflação também representam uma alternativa para investidores que desejam proteger seus ganhos reais e buscam aumento de seu poder de compra.
O BB Renda Fixa LP Inflação IMA-B Private Fundo de Investimento é um exemplo de fundo de inflação de longo prazo gerido pela BB Gestão de Recursos, com 0,80% de taxa de administração ao ano.
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.