Em sua 19ª edição, o ranking anual Global 2000, da Forbes, lista as maiores empresas de capital aberto do mundo segundo uma pontuação definida por meio de quatro métricas: vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Em 2021, o número de empresas brasileiras aumentou para 21, contra 18 do ano passado e 20 no levantamento de 2019.
A Petrobras, que ocupou o topo da lista nos últimos dois anos, perdeu o posto para o Itaú Unibanco. No entanto, a petroleira, que agora aparece em 4º lugar entre as brasileiras, viu seu valor de mercado aumentar de US$ 43,5 bilhões para US$ 52,7 bilhões – uma leve recuperação, mas ainda muito longe dos US$ 91,2 bilhões de 2019.
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O Itaú Unibanco, que subiu da vice-liderança para o 1º lugar, mas perdeu 31 posições em relação ao ano passado no ranking geral, também registrou aumento em seu valor de mercado: de US$ 41 bilhões para US$ 48,5 bilhões.
A Vale conquistou quatro posições ao deixar o 6º lugar e assumir a vice-liderança. Na lista geral, a mineradora ganhou nada menos do que 400 posições e mais de 130% de valorização de mercado, saindo de US$ 42,5 bilhões para US$ 99,2 bilhões – a empresa mais valiosa entre as brasileiras. O BTG Pactual também subiu: o banco ganhou duas posições e agora ocupa o 7º lugar do recorte Brasil, ao contrário da 9ª posição em 2020. O maior aumento, no entanto, foi no valor de mercado, que saiu de US$ 5,6 bilhões para US$ 46,1 bilhões.
Banco Bradesco, JBS, Banco do Brasil, Eletrobras, Itaúsa, B3, WEG, Magazine Luiza e Companhia Brasileira de Distribuição não mostraram grandes variações em termos de posições no levantamento do país.
Entre as companhias que caíram estão Suzano (11º para o 14º lugar), CPFL (12º para 18º), Braskem (13º para 19º) e Ultrapar (16º para 20º).
A lista traz, ainda, quatro novidades em relação ao ano passado: Marfrig, CSN, Gerdau e Rede D’Or São Luiz, esta última com um valor de mercado de US$ 24,2 bilhões – nada mal para uma estreante. A única empresa presente no ano passado que não consta da lista atual é a Cemig.
Juntas, as brasileiras da Global 2000 somam valor de mercado de US$ 501,9 bilhões – contra US$ 292 bilhões de 2020.
Metodologia da Global 2000
Compilamos a lista Global 2000 com dados dos sistemas FactSet Research para identificar as maiores empresas de capital aberto do mundo com base em quatro métricas: vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Nosso cálculo do valor de mercado é de 16 de abril de 2021, com preços de fechamento do mercado, e inclui todas as ações ordinárias em circulação.
Todos os valores são consolidados e em dólares americanos. Usamos as informações dos últimos 12 meses e nos baseamos fortemente nos bancos de dados, assim como nos últimos resultados financeiros disponíveis usados para os rankings que produzimos (a última checagem foi em meados de abril). Muitos fatores influenciam esse levantamento, como políticas específicas de divulgação de resultados dos países e o intervalo de tempo entre o momento em que uma empresa divulga seu balanço e quando os bancos de dados o capturam para triagem/classificação. Checamos da melhor maneira possível a qualidade dos dados financeiros obtidos, usando outras fontes de dados e demonstrações financeiras das próprias empresas.
Primeiro criamos quatro listas separadas das 2.000 maiores empresas em cada uma das métricas: vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Cada uma das listas tem um valor mínimo de corte para que as empresas se qualifiquem: US$ 4,6 bilhões (vendas), US$ 278,5 milhões (lucro), US$ 12,72 bilhões (ativos) e US$ 8,3 bilhões (valor de mercado). Uma empresa precisa se qualificar para pelo menos uma das listas para ser elegível para a classificação final da Global 2000.
Este ano, 3.650 empresas foram necessárias para preencher as quatro listas, todas classificadas em pelo menos uma delas. Cada companhia recebe uma pontuação separada para cada métrica, com base em sua classificação na lista específica do top 2.000 de cada um dos indicadores. Somamos todas as pontuações das quatro métricas (igualmente ponderadas) e compilamos uma pontuação composta para cada empresa, com base em suas classificações de vendas, lucros, ativos e valor de mercado. Classificamos as empresas em ordem decrescente pela pontuação composta mais alta e, em seguida, aplicamos nossa classificação Forbes Global 2000. A pontuação composta mais alta se posiciona na maior posição do ranking.
As subsidiárias de capital aberto para as quais a empresa-mãe consolida os números foram excluídas de nossa lista.
Veja, na galeria de fotos a seguir, as 21 empresas brasileiras na edição 2021 da Global 2000:
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Pilar Olivares/Reuters 1. Itaú Unibanco Holding
Posição geral na lista em 2021: 109ª
Posição geral na lista em 2020: 78ª
Setor: bancário
Vendas: US$ 37,2 bilhões
Lucro: US$ 3,7 bilhões
Ativos: US$ 389,7 bilhões
Valor de mercado: US$ 48,5 bilhões -
Brendan McDermid/Reuters 2. Vale
Posição geral na lista em 2021: 113ª
Posição geral na lista em 2020: 513ª
Setor: mineração
Vendas: US$ 40,4 bilhões
Lucro: US$ 5,2 bilhões
Ativos: US$ 92,1 bilhões
Valor de mercado: US$ 99,2 bilhões -
SOPA Images/Getty Images 3. Banco Bradesco
Posição geral na lista em 2021: 154ª
Posição geral na lista em 2020: 101ª
Setor: bancário
Vendas: US$ 26,7 bilhões
Lucro: US$ 3,2 bilhões
Ativos: US$ 306,3 bilhões
Valor de mercado: US$ 40,9 bilhões -
Sergio Moraes/Reuters 4. Petrobras
Posição geral na lista em 2021: 159ª
Posição geral na lista em 2020: 70ª
Setor: petróleo e gás
Vendas: US$ 52,7 bilhões
Lucro: US$ 1,4 bilhão
Ativos: US$ 190,1 bilhões
Valor de mercado: US$ 53,3 bilhões -
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SOPA Images/Getty Images 5. Banco do Brasil
Posição geral na lista em 2021: 272ª
Posição geral na lista em 2020: 208ª
Setor: bancário
Vendas: US$ 24 bilhões
Lucro: US$ 2,3 bilhões
Ativos: US$ 314 bilhões
Valor de mercado: US$ 15,1 bilhões -
Brazil Photo Press/GettyImages 6. JBS
Posição geral na lista em 2021: 525ª
Posição geral na lista em 2020: 461ª
Setor: alimentício
Vendas: US$ 52,4 bilhões
Lucro: US$ 891,5 bilhões
Ativos: US$ 31,5 bilhões
Valor de mercado: US$ 14,8 bilhões -
Reprodução/Facebook 7. Banco BTG Pactual
Posição geral na lista em 2021: 680ª
Posição geral na lista em 2020: 1341ª
Setor: bancário
Vendas: US$ 3,1 bilhões
Lucro: US$ 1 bilhão
Ativos: US$ 44,9 trilhões
Valor de mercado: US$ 46,1 bilhões -
Reprodução/Itaúsa 9. Itaúsa
Posição geral na lista em 2021: 1218ª
Posição geral na lista em 2020: 935ª
Setor: finanças
Vendas: US$ 1,1 bilhão
Lucro: US$ 1,4 bilhão
Ativos: US$ 14 bilhões
Valor de mercado: US$ 15,4 bilhões -
Bremdan McDermid/Reuters 8. Eletrobras
Posição geral na lista em 2021: 959ª
Posição geral na lista em 2020: 722ª
Vendas: US$ 5,6 bilhões
Lucro: US$ 1,2 bilhão
Ativos: US$ 34,5 bilhões
Valor de mercado: US$ 10,1 bilhões -
NurPhoto/GettyImages 10. B3
Posição geral na lista em 2021: 1322ª
Posição geral na lista em 2021: 1371ª
Setor: finanças
Vendas: US$ 1,6 bilhão
Lucro: US$ 805 milhões
Ativos: US$ 9,2 bilhões
Valor de mercado: US$ 19,9 bilhões -
Reprodução/Facebook 11. Marfrig Global Foods
Posição geral na lista em 2021: 1344ª
Posição geral na lista em 2021: não constava
Setor: alimentício
Vendas: US$ 13,1 bilhões
Lucro: US$ 640,1 milhões
Ativos: US$ 7,6 bilhões
Valor de mercado: US$ 2,4 bilhões -
zhaojiankang/Getty Images 12. CSN
Posição geral na lista em 2021: 1450ª
Posição geral na lista em 2021: não constava
Setor: siderúrgico
Vendas: US$ 5,8 bilhões
Lucro: US$ 735,6 milhões
Ativos: US$ 12,1 bilhões
Valor de mercado: US$ 11,8 bilhões -
Reprodução/Twitter 13. WEG
Posição geral na lista em 2021: 1465ª
Posição geral na lista em 2021: 1654ª
Setor: automação industrial
Vendas: US$ 3,4 bilhões
Lucro: US$ 453,8 milhões
Ativos: US$ 3,8 bilhões
Valor de mercado: US$ 28,8 bilhões -
Divulgação 14. Suzano Papel e Celulose
Posição geral na lista em 2021: 1527ª
Posição geral na lista em 2021: 959ª
Setor: papel e celulose
Vendas: US$ 5,9 bilhões
Lucro: US$ – 2,1 bilhões
Ativos: US$ 19,6 bilhões
Valor de mercado: US$ 17,1 bilhões -
Getty Images 15. Gerdau (Cosigua)
Posição geral na lista em 2021: 1602ª
Posição geral na lista em 2021: não constava
Setor: metalurgia
Vendas: US$ 8,5 bilhões
Lucro: US$ 458,6 bilhões
Ativos: US$ 12,2 bilhões
Valor de mercado: US$ 9,8 bilhões -
SOPA Images/Getty Images 16. Magazine Luiza
Posição geral na lista em 2021: 1726ª
Posição geral na lista em 2021: 1916ª
Setor: varejo
Vendas: US$ 5,7 bilhões
Lucro: US$ 75,9 bilhões
Ativos: US$ 4,7 bilhões
Valor de mercado: US$ 25,2 bilhões -
Divulgação 18. CPFL Energia
Posição geral na lista em 2021: 1791ª
Posição geral na lista em 2021: 1542ª
Setor: energia
Vendas: US$ 6 bilhões
Lucro: US$ 703,5 milhões
Ativos: US$ 9,5 bilhões
Valor de mercado: US$ 6,4 bilhões -
Divulgação 17. Companhia Brasileira de Distribuição
Posição geral na lista em 2021: 1759ª
Posição geral na lista em 2021: 1698ª
Setor: varejo
Vendas: US$ 9,9 bilhões
Lucro: US$ 422,4 milhões
Ativos: US$ 11,5 bilhões
Valor de mercado: US$ 1,7 bilhão -
Getty Images 19. Braskem
Posição geral na lista em 2021: 1841ª
Posição geral na lista em 2021: 1623ª
Setor: químico
Vendas: US$ 11,4 bilhões
Lucro: US$ – 1,3 bilhão
Ativos: US$ 16,6 bilhões
Valor de mercado: US$ 7,1 bilhões -
SOPA Images/Getty Images 20. Ultrapar Participações
Posição geral na lista em 2021: 1888ª
Posição geral na lista em 2021: 1694ª
Setor: óleo e gás
Vendas: US$ 15,8 bilhões
Lucro: US$ 173,1 milhões
Ativos: US$ 7,1 bilhões
Valor de mercado: US$ 4,1 bilhões -
Ricardo Moraes/Reuters 21. Rede D’Or São Luiz
Posição geral na lista em 2021: 1993ª
Posição geral na lista em 2021: não constava
Setor: hospitalar
Vendas: US$ 2,7 bilhões
Lucro: US$ 83 milhões
Ativos: US$ 8,8 bilhões
Valor de mercado: US$ 24,2 bilhões
1. Itaú Unibanco Holding
Posição geral na lista em 2021: 109ª
Posição geral na lista em 2020: 78ª
Setor: bancário
Vendas: US$ 37,2 bilhões
Lucro: US$ 3,7 bilhões
Ativos: US$ 389,7 bilhões
Valor de mercado: US$ 48,5 bilhões
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