Dia dos namorados: 5 dicas para chegar a R$ 1 milhão investindo com o seu par
Artur Nicoceli
12 de junho de 2021
Canva
A pedido da Forbes, a Rico Investimentos realizou simulações de como um casal poderia investir junto para chegar ao primeiro milhão
Se os sonhos são parte da vida a dois, a conquista do primeiro milhão pode ser uma das metas. Alavancar objetivos em dupla pode demandar mais trabalho, diálogo e disciplina do que individualmente, mas o resultado, se positivo, comemorado a dois é ainda melhor. O planejamento financeiro tem suas dificuldades, mas é necessário adotar o lema: “duas cabeças pensam melhor que uma” e assim, fazer do seu namorado(a), também um(a) parceiro(a) nos investimentos.
Felipe Nogueira, 24 anos, e sua noiva Ana Carolina, 21 anos, são um exemplo de casal que colocaram o milhão como foco no relacionamento. Após dois anos de namoro, “conversamos, alinhamos nossos planos e, nos últimos dois meses, fomos levados a pensar na família [com o noivado]. Com isso, nossa decisão é juntar e transformar esse valor em uma reserva de casal”, explica Nogueira.
Os dois têm como meta chegar a R$ 1 milhão no prazo de 24 meses, “visando manter ainda o conforto de viagens e divertimento”, afirmou Carolina. Como estratégia, eles utilizam uma planilha para monitorar os compromissos e gastos mensais, procurando diminuir as despesas desnecessárias, “como restaurantes e focar ao máximo na construção de patrimônio juntos. Para isso, definimos metas individuais para investimentos, criamos uma conta conjunta para aplicação e muito diálogo, principalmente diálogo”, declarou Nogueira.
Arquivo Pessoal
Felipe Nogueira e Ana Carolina: casal de noivos quer chegar ao primeiro R$ 1 milhão em 24 meses
Mas o tema dinheiro é ainda tabu para muitos casais. Segundo levantamento da CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e da SPC Brasil, apenas 44% dos brasileiros falam com frequência sobre dinheiro em casa, ao passo que apenas 39% só entram nesse assunto quando a “situação financeira já não está boa”. Para 17%, as finanças são o motivo de brigas frequentes e os conflitos aumentam para 23% dos respondentes, quando analisados os casais com contas em atraso.
O educador financeiro do Meu Bolso Feliz, José Vignoli, que participou do estudo, apontou que grande parte dos problemas em relacionamentos começa pelo dinheiro, mas nem sempre isso é percebido claramente pelos casais. “Na maioria dos casos, o dinheiro vem disfarçado nas discussões. Se falta dinheiro para uma saída, o problema pode ser percebido como falta de romantismo. Se não sobra dinheiro para comprar roupas novas, o problema pode ser entendido como desleixo do parceiro. Se não há dinheiro para levar os filhos ao cinema, o conflito pode ser percebido como falta de carinho e atenção”, afirma.
Juan Vieira, 24 anos, e a namorada Luana Soares, 28 anos, também querem ir na contramão das estatísticas e colocaram os objetivos financeiros como protagonistas na relação. Com quase um ano e meio de relacionamento, eles perceberam que “podíamos dar certo e, há seis meses, traçamos nosso plano de vida, tais como manter o padrão, controlando as finanças e conquistar nossos patrimônios”, destacou Vieira. Eles pretendem chegar no montante em dez anos e, para isso, alocam 20% da renda mensal conjunta em investimentos, sendo 90% em renda variável e 10% em renda fixa. “Eu sempre faço a manutenção da nossa carteira, seguindo o cenário econômico”, explica Vieira.
A pedido da Forbes, a analista da Rico Investimentos, Paula Zogbi, simulou cenários de investimentos para os casais que também desejam chegar no primeiro R$ 1 milhão investindo juntos. “Vale lembrar que são apenas estimativas e que provavelmente não vão ter exatamente as mesmas taxas de rendimento para todos os anos estipulados na conta”, diz Paula. O estudo considera duas pessoas investindo da mesma forma, mas cada um em sua carteira.
Rico Investimentos
Os aportes financeiros (valor) são individuais, mas o rendimento e o tempo são projetados em casal
Valter Police, planejador fiduciário da Fiduc, ressalta que um dos cuidados que o casal deve ter é planejar em dupla, mas investir individualmente. “O problema reside em situações desagradáveis para serem discutidas, notadamente a morte e a separação. Quando se faz planos, não pensamos que uma dessas situações pode ocorrer, mas elas podem e acontecem. Em geral, investir separadamente, cada um no seu CPF, mesmo que em carteiras semelhantes no mesmo fornecedor, evita grandes problemas quando essas situações acontecem, além de facilitar as questões voltadas às declarações do imposto de renda.
Assim, considerando a imprevisibilidade das taxas de rendimentos, a Forbes também elencou outras 5 dicas para que um casal consiga se planejar financeiramente e alcançar seus objetivos financeiros.