O Ibovespa opera próximo da estabilidade na abertura do pregão de hoje (16),com queda de 0,02% aos 130.060 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. Além das decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos, a Super Quarta pode contar ainda com volatilidade extra em função do vencimento de opções sobre o índice. Ontem, os investidores optaram pela cautela à espera das decisões do Federal Reserve e do Banco Central do Brasil.
Pesquisa pré-Copom da XP Investimentos, com 94 investidores institucionais ouvidos entre 14 e 15 de junho, aponta que 90% esperam que o Copom aumente a Selic em 75 pontos-percentuais. A corretora, no entanto, enxerga um cenário mais complexo no longo prazo. “Na XP, esperamos que o Copom entregue a alta prometida de 75 p.p. na atual reunião, e que resgate a expressão ‘normalização parcial’ do vocabulário, mas vemos como improvável que o BCB se comprometa com a normalização completa ainda.”
Ainda no radar do mercado estão declarações do presidente Jair Bolsonaro feitas ontem em entrevista à emissora SIC TV, afiliada da TV Record em Rondônia, afirmando que o valor médio do Bolsa Família deverá subir para R$ 300 a partir de dezembro. O presidente disse ainda que o auxílio emergencial pago durante a pandemia de Covid-19, deve ser prorrogado em dois ou três meses e que o ministro Paulo Guedes estuda o fim do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) e uma maneira de compensar o fim do tributo.
Nos indicadores, o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) desacelerou a alta a 2,32% em junho após subir 3,24% em maio, com a desaceleração da inflação ao produtor, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira.
O dólar sobe ligeiramente frente ao real nos primeiros minutos da sessão desta quarta-feira, à medida que os investidores se preparam para as conclusões das reuniões aqui e nos EUA. Às 9h52, o dólar avança 0,03%, a R$ 5,0441.
As Bolsas europeias operam mistas nesta manhã, enquanto os mercados também aguardam o resultado da reunião do Fed nos EUA. O Stoxx 600 sobe a 0,09%; na Alemanha, o DAX recua 0,19%; enquanto o CAC 40 valoriza 0,04% na França; na Itália, o FTSE MIB tem queda de 0,02%. O FTSE 100 opera neutro no Reino Unido, após o índice de preços ao consumidor no país superar as expectativas do mercado, e crescer 0,6% na comparação mensal em maio, e 2,3% na comparação anual, ante previsões de 0,3% e 1,8%, respectivamente.
Os mercados asiáticos fecharam o dia no vermelho. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,51%; o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,70%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,51%; enquanto o índice Shangai, na China, recuou 1,07%. O mercado reflete resultados na economia abaixo do esperado no Japão e na China.
A produção industrial chinesa aumentou 8,8% em maio sobre o ano anterior, contra alta de 9,8% em abril, informou a Agência Nacional de Estatísticas hoje, a terceira desaceleração mensal do índice. A expectativa de analistas em pesquisa da agência Reuters era de avanço anual de 9,0%. No Japão, o Ministério das Finanças registrou crescimento de 49,6% em maio na comparação anual, abaixo da expectativa de alta de 51,3%, segundo analistas ouvidos pela Reuters.
O petróleo, por sua vez, ganhou pelo quinto dia hoje, subindo a US$ 75 o barril, seu maior valor desde abril de 2019, apoiado por uma recuperação na demanda da pandemia e uma queda nos estoques de petróleo dos EUA. O petróleo Brent subiu 0,32%, a US$ 74,23 o barril, enquanto o petróleo WTI ganhou 0,17%, para US$ 72,25.
Siga FORBES Brasil nas redes sociais:
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.
Tenha também a Forbes no Google Notícias.