Ibovespa oscila na abertura com crise hídrica doméstica e cautela em NY

29 de junho de 2021

O Ibovespa opera em estabilidade na abertura do pregão de hoje (29), ganhando 0,01%, a 127.447 pontos perto das 10h12, horário de Brasília, enquanto a reforma tributária e a crise hídrica são pontos latentes no radar do mercado. O Palácio do Planalto anunciou ontem a criação de um comitê gestor da crise hídrica no Ministério de Minas e Energia, mas não prevê medidas de racionamento de consumo. Segundo o Estado de S.Paulo, a Aneel calcula novo patamar da bandeira vermelha em julho entre R$ 11,50 e R$ 12,00, frente os R$ 6,24 atuais.

O governo também defendeu mudanças na reforma tributária, após o presidente do Congresso, Arthur Lira (PP-AL) afirmar que o texto é apenas o “ponto de partida” das discussões sobre o tema.

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Com relação aos indicadores, o IGP-M (Índice Geral de Preços-Mercado) divulgado hoje pela FGV (Fundação Getulio Vargas) passou a subir 0,60% em junho, após ter avançado 4,10% no mês anterior, uma vez que a valorização recente do real e a queda dos preços em dólar de commodities importantes aliviaram a inflação no atacado. O dado ficou abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de alta de 1,01%, e passa a acumular, em 12 meses, valorização de 35,75%.

Além disso, o ICS (Índice de Confiança de Serviços), por sua vez, avançou 5,7 pontos e chegou a 93,8 pontos em junho, maior patamar desde fevereiro de 2020. O índice melhorou pelo terceiro mês seguido em junho e foi ao nível mais alto em quase um ano e meio depois que as expectativas para os próximos meses melhoraram, informou a FGV.

Por fim, o IPP (Índice de Preços ao Produtor) desacelerou a alta para 1% em maio, ante 2,19% em abril, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). O indicador registrou a menor variação do ano diante do atual contexto de desvalorização do dólar, assim o IPP acumula avanço de 35,86% em 12 meses.

O dólar avança frente ao real nesta terça-feira, refletindo a aversão a risco no exterior em meio a temores sobre a disseminação de novas variantes da Covid-19. Às 10h12, ele era negociado em alta de 0,32%, a R$ 4,9436.

No cenário internacional, o G20 se reúne hoje para o primeiro encontro presencial desde o início da pandemia. O grupo irá debater o futuro do multilateralismo pós-pandemia, em momento de tensões crescentes entre os Estados Unidos e a China.

Os futuros dos índices de ações dos EUA apontam para abertura com volatilidade nesta manhã, após fechamento com novos recordes positivos para a Nasdaq e o S&P 500. Os dois índices caminham para fechar mais um mês no azul. Ainda hoje, o país divulga o Índice de Preço dos Imóveis e o Índice de Confiança no Consumidor.

As ações europeias operam em alta, enquanto investidores monitoram a propagação da variante do Delta Covid-19 e aguardando dados econômicos importantes dos EUA. Além disso, o sentimento econômico da Zona do Euro subiu para 117,9 pontos, acima das expectativas do mercado e ante 114,5 pontos de maio. Os dados foram divulgados pela Comissão Europeia e trouxeram a maior alta do indicador em 21 anos, com a reabertura das economias aumentando o otimismo.

As expectativas de inflação ao consumidor no bloco, por sua vez, chegaram a 27,1 em junho, ante 22,2 em maio, já as expectativas de preços ao produtor aumentaram de 29,9 em maio para 36,0 em junho. Nesta manhã, o Stoxx 600 sobe 0,58%; na Alemanha, o DAX avança 1,13%; o CAC 40 valoriza 0,57% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,59%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 cresce 0,47%.

As Bolsas asiáticas, por outro lado, fecharam em baixa. O índice Shanghai, da China, caiu 0,92% no dia; o Hang Seng, de Hong Kong, recuou a 0,94%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em baixa de 0,35%. Enquanto isso, no Japão, o índice Nikkei desvalorizou 0,81%, após uma queda nas vendas no varejo em maio de 0,4%, número abaixo das expectativas que projetavam recuo de 0,7% nas vendas varejistas; além uma taxa de desemprego no mês de 3%, acima do esperado de 2,9% para o período.

Os contratos futuros do minério de ferro recuaram nesta terça-feira na China, pressionados por uma redução na demanda por aço no país e por ameaças de intervenção no mercado por parte de autoridades chinesas que buscam conter os altos preços da commodity. O contrato mais negociado do minério de ferro na Bolsa de Commodities de Dalian, para setembro, fechou em queda de 2,7%, a 1.153 iuanes (US$ 178,57) por tonelada, interrompendo uma série de quatro sessões de ganhos.

Os preços do petróleo sobem nesta terça-feira, apesar das preocupações com os surtos da variante Delta da Covid-19, que geram novas restrições de mobilidade em todo o mundo. Às 9h50, os futuros do petróleo Brent cresciam 0,53%, para US$ 74,53 o barril, após cair 2% na segunda-feira, enquanto os futuros do WTI avançaram 0,56%, para US$ 73,32 o barril, depois de uma perda de 1,5% no último dia. (com Reuters)

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