O vencedor da corrida, Max Verstappen, ao centro, no pódio com Lewis Hamilton, à direita, e Sergio Pérez no Grande Prêmio da França em Le Castellet em 20 de junho
Uma era de gastos descontrolados na Fórmula 1 foi bruscamente interrompida este ano, mas um grupo permanece intocado pelo primeiro limite orçamentário da série: os pilotos. As dez estrelas mais bem pagas da F1 devem arrecadar US$ 211 milhões em salários e bônus nesta temporada.
Na liderança deste grupo está o superastro da Mercedes Lewis Hamilton, que caminha para ganhar US$ 62 milhões nas pistas em 2021. Esse número inclui um salário-base de US$ 55 milhões – mais do que o dobro do que seu concorrente mais próximo -, bem como uma projeção de US$ 7 milhões em bônus por vitórias. Mas com Hamilton atualmente preso na vice-liderança na classificação geral e correndo o risco de perder o título de campeão apenas pela segunda vez nos últimos oito anos, essa conta não inclui o prêmio extra pela vitória, deixando-o um pouco aquém dos US$ 66 milhões recebidos em 2020, quando venceu 11 corridas e o campeonato.
Ao que tudo indica, Max Verstappen, da Red Bull Racing, é o piloto com mais chances de receber o prêmio pela vitória do campeonato, elevando sua projeção de ganhos para US$ 42 milhões em salários e bônus – o que lhe garante um confortável segundo lugar na lista dos pilotos mais bem pagos. Ele é seguido por Fernando Alonso, com US$ 25 milhões em sua temporada de estreia na Alpine.
Hamilton, que tem quatro vitórias em dez corridas, ainda tem tempo para ultrapassar Verstappen, com a diferença na classificação de meros oito pontos e 12 corridas restantes no cronograma (além de uma 13ª se a F1 encontrar um substituto para o cancelado Grande Prêmio da Austrália em novembro). De qualquer forma, porém, Hamilton tem a garantia de liderar a corrida de ganhos da F1, como tem feito todos os anos desde 2014, quando derrubou Alonso do topo, com US$ 29 milhões em salários e bônus e US$ 32 milhões incluindo patrocínios.
Ainda assim, os salários dos pilotos devem continuar a compensar a lacuna do marketing. O novo limite de orçamento da F1, adotado nesta temporada, limita os gastos a US$ 145 milhões por equipe em 2021 e US$ 135 milhões até 2023 – uma mudança arrasadora nas principais equipes Mercedes, Ferrari e Red Bull Racing, cujos montantes ultrapassaram US$ 300 milhões e até US$ 400 milhões nos últimos anos. O regulamento as forçou a cortar despesas de design e pesquisa e eliminar dezenas de cargos, mas os salários dos pilotos permanecem isentos do cálculo do limite.
É claro que um esforço está atualmente em andamento para limitar esses gastos também, mas, pelo menos no curto prazo, espera-se que os pilotos ricos fiquem ainda mais ricos.
Veja, na galeria de fotos a seguir, os 10 pilotos mais bem pagos da Fórmula 1 em 2021.
Metodologia
Com poucos valores de salários disponíveis publicamente, a Forbes se baseou na análise de documentos financeiros, registros legais e vazamentos de informações para a imprensa, bem como em conversas com especialistas do setor e consultores para compilar esta lista. Os pilotos normalmente recebem um salário-base mais bônus por pontos marcados ou por vitórias em corridas ou campeonatos, com o valor dependendo do tamanho da equipe e da experiência do atleta. As projeções de bônus para o ano inteiro são baseadas nos resultados das primeiras dez corridas da temporada, partindo do pressuposto de que cada piloto marcará uma proporção semelhante de pontos e vitórias para o restante da temporada; os cálculos são baseados na programação atualmente confirmada de 22 corridas. A Forbes não deduz impostos ou taxas de agentes.