Carteira Recomendada: Vale inicia semestre como a preferida dos analistas

5 de julho de 2021
IStock

Vale, Petrobras e B3 foram as ações mais recomendadas para julho, com 8,9 e 14 sugestões, respectivamente

Pelo oitavo mês consecutivo, a Vale (VALE3) é a empresa mais sugerida entre as 24 carteiras recomendadas por corretoras e bancos analisadas pela Forbes. Segundo especialistas, a companhia segue em destaque pela sua posição como uma das maiores empresas de mineração do mundo e beneficiada pela alta no preço do minério de ferro.

Outra companhia em destaque no mês é a Petrobras (PETR4), que subiu dois degraus na preferência dos analistas em relação à carteira recomendada de junho. A conquista das novas recomendações é fruto “da capacidade de produção e exploração da empresa, liderada pela alta qualidade do pré-sal; o rendimento do fluxo do caixa livre para 2021 que deve aproximar-se de 23%, impulsionando um crescimento sólido e rentável da produção; e a desalavancagem contínua, que deve ser traduzida em um maior rendimento de dividendos”, afirmou Fernando Hadba, estrategista do Santander.

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A instituição financeira elevou a recomendação das ações da petrolífera de ‘abaixo do mercado’ para ‘manutenção’, aumentando o preço alvo do ativo de R$ 21,00 para R$ 28,00. Os papéis da Petrobras subiram 3,80% em junho.

E em terceiro lugar ficou a B3 (B3SA3) com 8 recomendações. Analistas ainda apontam que o principal destaque pela bolsa estar entre as recomendações é que a companhia é a única a atuar com mercado de capitais, apesar da alta da Selic proposta pelo Copom (Comitê de Política Monetária) em 4,25% e dela negociar nos últimos dias com múltiplos elevados. No pregão da última sexta-feira (2), as ações da companhia fecharam negociadas a R$ X, alta de X%.

“A falta de concorrentes ainda traz um benefício importante para a B3: a empresa ganha em todos os cenários, já que a volatilidade do mercado acaba aumentando os volumes negociados e consequentemente gera mais receita para a empresa”, afirma a Órama Investimentos.

A Forbes elencou os 37 ativos mais recomendados por corretoras e bancos tradicionais. Veja o que alguns especialistas apontaram sobre os ativos com maior destaque e as recomendações de outros papéis para o mês.

Forbes

Ações mais recomendadas entre as 24 carteiras analisadas pela Forbes

Vale (VALE3) - 14 recomendações Investmind: A Vale é uma das maiores empresas de mineração do mundo e é mais uma a se beneficiar desse movimento de alta no preço das commodities. O aumento do preço do minério de ferro vai levar a empresa a ter geração de caixa muito forte este ano, o que vai propiciar uma robusta distribuição de dividendos. Importante destacar que, após o rally recente da commodity, que chegou a incríveis US$ 230/ton, acreditamos que o preço deve se estabilizar entre US$ 200/ton e US$ 150/ton e, como a ação tem uma correlação forte com o preço do minério, não vemos uma alta tão expressiva como nos últimos meses. Ainda assim, em nossas contas, vemos a Vale com preço alvo de R$ 131 por ação, o que sugere um bom potencial de valorização ao longo do ano. Além disso, a empresa negocia atualmente a 3,2 vezes Ev/Ebitda (relação entre a avaliação de mercado da empresa e lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) esperado para 2021. A marca está bem abaixo da média histórica e também em relação aos seus concorrentes Santander: Mesmo com os efeitos da pandemia do coronavírus, acreditamos que a Vale está em boa posição dentro da indústria global de minério de ferro, sua divisão mais importante. Esperamos que a demanda por minério de ferro de alta qualidade continue elevada no curto prazo, em decorrência de medidas de estímulos econômicos adotados na China, como a priorização de obras de infraestrutura, por exemplo. O cenário beneficia a empresa devido ao incremento do projeto S11D (localizado no município de Canaã dos Carajás, no sudeste do Pará), que aumentou sua oferta da commodity de maior qualidade. No dia 4 de fevereiro, a Vale assinou um acordo bilionário com o Estado de Minas Gerais para reparação dos danos ambientais e sociais decorrentes do rompimento da barragem B-1, ocorrido em 25 de janeiro de 2019, em Brumadinho (MG). O acordo global é de R$ 37,7 bilhões, contemplando projetos de reparação socioeconômica e socioambiental. Apesar do alto valor envolvido, acreditamos que o acordo celebrado melhora a visibilidade em relação aos impactos financeiros totais com os quais a empresa arcará, reduzindo a incerteza em relação ao tema. more
Petrobras (PETR4) - 9 recomendações Safra: Mantivemos o peso da Petrobras em nossa carteira recomendada. Acreditamos que o empenho no processo de desinvestimento vem sendo bastante positivo para a companhia. A continuidade anunciada pela nova administração do programa de desinvestimentos e do foco nos ativos de maior retorno deve beneficiar a geração de caixa da empresa. Além disso, a recuperação econômica mundial vem sendo positiva para os preços de petróleo. Embora tanto a legislação quanto o estatuto da empresa tragam alguma proteção contra interferência política, ela continua sendo um risco e pode potencialmente trazer alguma volatilidade para os papéis. Toro: Acreditamos que as ações da Petrobras se encontram bem descontadas no atual patamar e também estão com múltiplos mais descontados face aos pares internacionais, precificando de certa forma as incertezas oriundas do cenário político nacional. Em conjunto com a perspectiva positiva para o aumento na demanda por petróleo e seus derivados no atual período de retomada econômica, vemos um potencial de valorização para os papéis da Empresa. Somando isso à recente privatização da BR Distribuidora, mantemos nossa recomendação de compra. more
B3 (B3SA3) - 8 recomendações Órama: A B3 atua em um segmento de grande relevância e com barreiras de entrada que tornam a chegada de concorrentes bastante complicada. Operar em um setor como este requer, além de mão de obra, um robusto sistema tecnológico, e esses fatores acabam dificultando a consolidação da concorrência. A falta de concorrentes ainda traz um benefício importante para a B3: a empresa ganha em todos os cenários, já que a volatilidade do mercado acaba aumentando os volumes negociados e consequentemente gera mais receita para a empresa. Continuamos enxergando crescimento no número de CPFs na bolsa e entendemos que esse é um movimento estrutural para a população brasileira. Tal movimento também acaba gerando maiores volumes operados e maior receita. Elite: Seguimos confiantes com a continuidade do desempenho da única bolsa brasileira, apesar de ela negociar atualmente com múltiplos elevados. O reflexo de uma Selic em patamares baixos e a digitalização das plataformas de investimentos vem atraindo investidores de varejo. Os órfãos de CDBs e fundos DI agora diversificam seus investimentos e ampliam sua presença em fundos multimercados, fundos de ações e na compra direta de ações. A liberação da negociação de BDRs para o investidor comum é mais uma interessante opção para ele continuar aportando seus recursos no mercado acionário. Após uma década estacionada em torno dos 500 mil investidores pessoas físicas, a bolsa rompeu a casa de 1 milhão de CPFs em julho do ano passado. A retomada no apetite do mercado por IPOs e follow-ons também foi mais um ponto interessante para colocar a B3 em nossa carteira recomendada. more

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