O Ibovespa opera em queda hoje (8), com recuo de 1,70%, a 124.854 pontos, por volta das 10h10 no horário de Brasília, às vésperas do feriado da Revolução Constitucionalista de 1932 em São Paulo e consequente suspensão do pregão na B3. O mercado acompanha hoje dados sobre a inflação no Brasil medida pelo IPCA, enquanto as tensões políticas em meio à CPI da Covid-19 crescem. No contexto internacional, os investidores globais acompanham com cautela a propagação de novas variantes do coronavírus em diferentes países.
O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), importante indicador para a inflação, subiu 0,53% em junho, após alta de 0,83% no mês anterior, informou o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) nesta quinta-feira. No acumulado de 12 meses até junho, o indicador teve alta de 8,35%.
Uma pesquisa da agência Reuters apontou que a expectativa de analistas era de alta de 0,59% no mês, e de 8,4% no acumulado em 12 meses. Rafaela Vitoria, economista-chefe do Banco Inter, avalia que a “tendência é de desaceleração, apesar do impacto das tarifas elétricas em julho ainda ser alto”.
No meio político, o Congresso criou a CMO (Comissão Mista do Orçamento) com o intuito de analisar o Orçamento para o próximo ano. Segundo a Folha de S. Paulo, a comissão foi criada com três meses de atraso e será presidida por Rose de Freitas (MDB-ES), que afirmou que trabalhará com o diálogo durante a elaboração do texto.
O dólar avança frente ao real nesta quinta-feira, em meio à cautela no exterior e ao clima político doméstico cada vez mais tenso no Brasil. Às 10h10, a moeda era negociada em alta de 0,73%, a R$ 5,2780.
As Bolsas europeias operam no vermelho, seguindo um sentimento global mais cauteloso devido a novas variantes da Covid-19 e a incertezas sobre o ritmo de recuperação econômica. O BCE (Banco Central Europeu) ainda divulgou sua declaração de política monetária para o bloco, e estabeleceu uma nova meta de inflação, após revisão de estratégia de 18 meses, fixada em 2% no médio prazo, uma decisão esperada pelo mercado.
O Stoxx 600 cai 1,85%; na Alemanha, o DAX recua 1,96%; o CAC 40 desvaloriza 2,24% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em queda de 2,54%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 recua 1,88%.
Os mercados asiáticos recuaram no fechamento do dia, em consonância com o clima global. O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 2,89%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em queda de 0,92%; e no Japão, o índice Nikkei desvalorizou 0,88%, após Tóquio decretar estado de emergência diante do ritmo lento da vacinação. Na China, o índice Shanghai, recuou 0,79%, diante de um novo temor acerca da regulação dos mercados no país.
Os contratos futuros de matérias-primas siderúrgicas negociadas na China despencaram nesta quinta-feira, à medida que cortes de produção de aço em algumas usinas do país geraram preocupações com a sua demanda. O contrato mais negociado do coque na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em setembro, fechou em queda de 5,3%, a 2.472 iuanes (US$ 381,46) por tonelada, enquanto o minério de ferro em Dalian apurou queda de 2,9%, a 1.188 iuanes por tonelada.
Os preços do petróleo operam em queda, em meio à incerteza sobre a oferta após o fracasso das negociações desta semana entre os membros da Opep+, o que poderia causar o abandono do atual acordo de produção. Por volta das 9h55, os futuros do petróleo Brent caiam 0,12%, a US$ 73,34 por barril, enquanto os futuros do WTI recuavam 0,24%, a US$ 72.03 o barril. (com Reuters)
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