O Ibovespa opera com volatilidade na abertura do pregão de hoje (21), perdendo 0,02%, a 125.376 pontos perto das 10h11, horário de Brasília. O índice brasileiro vai na contramão do mercado global, que estende o movimento de altas diante dos resultados operacionais das empresas no segundo trimestre, e se recupera da forte realização de lucros vista na segunda-feira, provocada por preocupações com a disseminação da nova variante do Covid-19.
A atenção com o coronavírus, contudo, deve se manter no radar. Lucas Collazo, especialista em investimentos da Rico, conta que a variante será um dos principais temas do mercado no momento. “Acompanhar seu avanço ou não, bem como as medidas de restrição que países podem impor para contê-la será determinante para os investimentos.”
No Brasil, o mercado se volta para o calendário de balanços, que começou ontem (20) com os primeiros resultados do segundo trimestre divulgados após o fechamento do pregão. A elétrica Neoenergia registrou lucro líquido de R$ 1 bilhão no período, salto de 137% na comparação anual. Enquanto a Indústrias Romi apresentou lucro líquido de R$ 42,8 milhões no segundo trimestre, 106,4% acima dos R$ 20,74 milhões registrados no trimestre anterior.
Nos indicadores, a arrecadação federal referente a junho é divulgada hoje às 11h30. Economistas da Refinitiv projetam resultado de R$ 139,05 bilhões. Os dados sobre o fluxo cambial da semana serão publicados às 14h30.
O dólar avança frente ao real diante das incertezas do cenário global, em uma semana de forte instabilidade no câmbio. Às 10h11, o dólar era negociado em alta de 0,63%, a R$ 5,2634.
“Além dos balanços, a política ultra estimulativa dos EUA e os níveis elevados de expansão econômica também ajudam a sustentar o apetite por risco e o bom humor”, complementa.
As ações europeias operam em alta nesta manhã, apoiadas pelos resultados operacionais das empresas no segundo trimestre. O Stoxx 600 sobe 0,89%; na Alemanha, o DAX cresce 0,37%; o CAC 40 valoriza 0,91% na França; enquanto na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 1,21%; e no Reino Unido, o FTSE 100 avança 1,27%.
As Bolsas asiáticas fecharam mistas. O índice Shanghai, da China, subiu 0,73% no dia; o Hang Seng, de Hong Kong, caiu 0,13%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em baixa de 0,68%. Enquanto, no Japão, o índice Nikkei avançou 0,58%, após as exportações do país aumentarem 48,6% em junho em comparação com o ano anterior, segundo o Ministério das Finanças. O resultado foi maior que o aumento de 46,2%, esperado por economistas em uma pesquisa da Reuters.
Os preços do petróleo sobem nesta quarta-feira, estendendo os ganhos da sessão anterior, apesar dos dados mostrando um aumento inesperado nos estoques de petróleo dos EUA na semana passada e uma perspectiva de demanda mais fraca devido ao aumento das infecções por Covid-19.
“O petróleo parece ter encontrado suporte à medida que o apetite pelo risco aumenta mais uma vez”, disse Ricardo Evangelista, analista da ActivTrades, à agência Reuters. Por volta das 9h55, os futuros do petróleo Brent para agosto recuavam 1,85%, para negociação a US$ 70,63 por barril, enquanto o petróleo WTI era negociado a US$ 68,36, alta de 1,73%. (com Reuters)
Facebook
Twitter
Instagram
YouTube
LinkedIn
Siga Forbes Money no Telegram e tenha acesso a notícias do mercado financeiro em primeira mão
Baixe o app da Forbes Brasil na Play Store e na App Store.