Ibovespa acompanha exterior e opera em alta após dados do varejo nos EUA

16 de julho de 2021

O Ibovespa opera em leve alta na abertura do pregão de hoje (16), ganhando 0,29% aos 127.840 pontos perto das 10h12, horário de Brasília. No radar dos mercados globais estão os números positivos do varejo dos Estados Unidos, bem como o avanço da variante Delta entre as principais economias globais. No contexto doméstico, os investidores acompanham a pauta política no último dia de trabalho do Congresso antes do recesso.

Entre os indicadores, o IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) desacelerou a alta a 0,18% em julho após subir 2,32% no mês anterior, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira. O dado veio abaixo da expectativa em pesquisa da Reuters de avanço de 0,21%, e o índice passou a acumular alta de 34,61% em 12 meses. O IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal) da segunda quadrissemana de julho registrou alta de 0,88%, ante aumento de 0,80% no período anterior.

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Em Brasília, a pauta dos Três Poderes no último dia antes do recesso dos parlamentares está concentrada na reforma tributária, na recém-aprovada LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e nos programas de auxílio do governo, propostos pelo Ministério da Economia. Jansen Costa, sócio da Fatorial Investimentos, explica que “a questão da reforma tributária vai ficar para depois do recesso, e tivemos o aumento significativo do fundo partidário, o Brasil sempre é bem diferente dos outros países nessa questão [do Orçamento], e às vezes acabam passando coisas que não estão no nosso radar”.

O dólar recua frente ao real nesta quarta-feira, com a percepção de um cenário doméstico favorável para a moeda brasileira voltando a compensar temores sobre uma possível redução de estímulos nos EUA. Às 10h12, o dólar era negociado em queda de 0,30%, a R$ 5,1005.

Nos EUA, os futuros dos índices de ações apontam para abertura em alta, com investidores surpreendidos pelo resultado de vendas no varejo, que cresceram 0,6% em junho frente ao mês anterior, segundo o Departamento do Comércio. Enquanto isso, o mercado digere os dados de inflação no país divulgados nesta semana, acompanhados de discursos de Jerome Powell, presidente do Fed, e de Janet Yellen, secretária do Tesouro.

Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora, avalia que, para a maior economia do mundo, a semana foi “meio morna, e hoje parece que será uma sexta-feira sem grandes variações”. “[Ontem], o dia foi mais negativo com a divulgação dos dados da oferta, como a produção industrial dos EUA que mostrou que ainda está sendo impactada negativamente pela falta de materiais básicos. Hoje, vale acompanhar os dados da demanda.”

As Bolsas europeias operam mistas nesta manhã, enquanto os mercados no continente monitoram a economia norte-americana e a disseminação da variante Delta da Covid-19. A inflação na Zona do Euro desacelerou em junho, segundo dados oficiais confirmados na sexta-feira, após os preços ao consumidor subirem 1,9% ao ano, frente uma alta de 2% em maio, o primeiro recuo desde setembro de 2020.

O Stoxx 600 opera neutro; na Alemanha, o DAX recua 0,01%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,42% na França; na Itália, o FTSE MIB tem alta de 0,22%. Enquanto o FTSE 100 opera em alta de 0,15% no Reino Unido que, na contramão do resto do continente, que aumentou as medidas de restrição para conter a nova variante, o primeiro-ministro do país mantém os planos de suspender as últimas medidas de distanciamento na próxima segunda-feira (19).

Os mercados asiáticos fecharam o dia, majoritariamente, no vermelho. O Hang Seng, de Hong Kong, valorizou 0,03%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em queda de 0,04%; enquanto o índice Shangai, na China, recuou 0,71%.

No Japão, o índice Nikkei caiu 0,98%, após o BOJ (Banco Central do Japão) reduzir sua previsão de crescimento para este ano, uma vez que novas medidas emergenciais para combater a pandemia de Covid-19 afetaram o consumo. As novas projeções trimestrais calculam que a economia vá expandir 3,8% no atual ano fiscal que termina em março de 2022, contra 4,0% projetados em abril.

Os contratos futuros do aço inoxidável negociados na China atingiram uma nova máxima recorde, impulsionados pelo forte consumo e por um aperto nas ofertas de matérias-primas, além de preocupações com um corte de produção no setor siderúrgico. O contrato mais negociado do aço inoxidável na bolsa de futuros de Xangai, chegou a alcançar 6,7%, para 19.175 iuanes (US$ 2.965,15) por tonelada. A referência do minério de ferro, na Bolsa de Dalian, fechou em alta de 1,9%, a 1.241 iuanes por tonelada.

Os preços do petróleo operam em alta nesta sexta-feira, mas permaneceram no caminho de sua maior queda semanal desde maio, após as expectativas de uma maior oferta assustar os investidores. Por volta das 9h55, o petróleo Brent avançava 0,30%, a US$ 73,69 por barril, enquanto o WTI subia 0,31%, para US $ 71,92 o barril. (com Reuters)

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