O Ibovespa abriu no azul hoje (7), com alta de 0,81%, a 126.108 pontos, por volta das 10h10, no horário de Brasília, com investidores digerindo números sobre a economia brasileira, enquanto aguardam divulgação da ata última reunião do Fomc (Comitê Federal do Mercado Aberto), prevista para a tarde de hoje. O mercado segue acompanhando ainda a turbulência política em Brasília, bem como as discussões para a reforma tributária.
Nos indicadores do dia, as vendas no varejo brasileiro avançaram 1,4% em maio frente ao mês anterior, e tiveram alta de 16,0% sobre um ano antes, conforme informou hoje o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A expectativa do mercado era de avanço de 2,4% na comparação mensal e de 16,5% sobre um ano antes.
Já o IGP-DI (Índice Geral de Preços-Disponibilidade Interna) desacelerou para alta de 0,11% em junho, após subir 3,40% em maio, uma vez que commodities importantes aliviaram a inflação no atacado, informou a FGV (Fundação Getulio Vargas) nesta quarta-feira. A expectativa em pesquisa da Reuters era de ganho de 0,21%. Com o resultado, o índice acumula agora avanço de 34,53% nos últimos 12 meses.
Ainda no cenário doméstico, o Procurador Geral da República Augusto Aras enviou ontem (6) um parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) em que afirma ser inconstitucional a privatização de serviços postais e correio aéreo através de um projeto de lei. Segundo o Estado de S.Paulo, a posição de Aras foi publicada no mesmo dia em que o Ministério da Economia decidiu pela venda de 100% da ECT (Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos).
O dólar é negociado em queda contra o real, após ultrapassar a marca de R$ 5,20 na véspera, enquanto investidores globais aguardam a divulgação da ata do Fomc. Às 10h10, a moeda norte-americana era negociada em queda de 0,29%, a R$ 5,1943.
Segundo Pablo Spyer, economista-sócio da XP Investimentos, o mercado quer pistas sobre se o Federal Reserve vai diminuir a compra dos US$ 120 bilhões mensal de títulos do governo para injetar dinheiro na economia. “Se eles diminuírem vai ser o primeiro grande recuo do Fed, e se eles sinalizarem que isso vai ser este ano, o ouro, o dólar, a taxa de juros americana podem subir, enquanto as Bolsas podem cair.”
Os índices europeus operam majoritariamente em alta, divergindo do tom mais cauteloso nos mercados globais. A Comissão Europeia elevou suas previsões de crescimento para a Zona do Euro nesta quarta-feira, passando a projetar o PIB a 4,8% este ano e 4,5% para 2022. A expectativa do braço executivo da União Europeia é de taxa de crescimento de 4,3% para o bloco em 2021, seguido por 4,4% em 2022.
O Stoxx 600 ganha 0,49%; o CAC 40 desvaloriza 0,10% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em alta de 0,18%; enquanto no Reino Unido, o FTSE 100 avança 0,24%. Na Alemanha, o DAX cresce 0,93%, apesar da Agência Federal de Estatísticas do país informar que a produção industrial caiu 0,3% em maio, enquanto a pesquisa da Reuters apontava um aumento de 0,5%.
Os contratos futuros do aço negociados na China dispararam nesta quarta-feira, impulsionados por expectativas de cortes de produção. O contrato mais ativo de aço na bolsa de futuros de Xangai, para entrega em outubro, fechou em alta de 3,3%, a 5.439 iuanes (US$ 840,99) por tonelada, enquanto a referência do minério de ferro, para entrega em setembro, fechou em alta de 1%, a 1.244 iuanes por tonelada.
O petróleo opera em alta nesta quarta-feira, em meio à incerteza sobre a política de abastecimento da Opep+. Norbert Ruecker, do banco suíço Julius Baer, disse à agência Reuters que existem incertezas em relação às consequências do resultado da reunião. “Sem acordo, os níveis de produção e exportação aparentemente permanecem inalterados conforme a estrutura geral, o que cria a impressão de que o grupo não tem medo de apertar demais o mercado.
Por volta das 9h50, o petróleo Brent avançava 0,72%, para US$ 75,08 por barril, enquanto o WTI ganhava 0,70%, para negociação a US$ 73,88 por barril. (com Reuters)
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