Esse entendimento causou o fechamento de uma posição comprada em real contra o peso mexicano.
“Dessa forma, embora o ciclo de alta [de juros] em curso deva continuar a fornecer suporte para o real, achamos que o carregado posicionamento comprado e um dólar potencialmente mais forte [no mundo] podem desencadear alguma retração da moeda [brasileira] no curto prazo”, disseram estrategistas em relatório.
“Passamos a ficar neutros no real, mas poderíamos reavaliar [essa recomendação] uma vez o posicionamento e os valuations do real ficarem mais limpos.”
Os juros mais altos ajudam o câmbio, uma vez que aumentam os diferenciais de retornos oferecidos na comparação com rivais como o peso mexicano.
Numa análise mais ampla, os estrategistas seguem com avaliação pessimista para moedas emergentes, num contexto de dólar globalmente mais forte na esteira da mudança de tom do Fed (Federal Reserve, Banco Central dos EUA), de dados mais robustos nos EUA e de um posicionamento mais limitado na moeda.
“Ao mesmo tempo, os riscos da Covid-19 nos mercados emergentes permanecem altos, com a variante Delta circulando em meio a taxas de vacinação relativamente baixas. O impacto deste último fator fica claro nas crescentes restrições em mercados emergentes e na recente amenização nos dados de PMI”, disseram estrategistas do Morgan Stanley.
Hoje (6), as divisas emergentes tinham perdas generalizadas, com o dólar em forte alta de 2% e voltando a R$ 5,20, em meio à ansiedade geral sobre a ata do Fed, a ser divulgada amanhã (9).
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