“Estamos atrasados até. É até bom que ajuda a travar um pouco essa alta de inflação que está havendo aí, a gente dá uma travada. É uma hora de aumentar a oferta de alimentos, aumentar a oferta de aço, de material de construção, tudo isso aí dá uma acalmada no setor”, disse ele, ao participar de audiência da Comissão de Relações Exteriores do Senado.
“Eu estou tão envergonhado de fazer esse pequeno passo só de 10%. Mas é atitude de respeito à indústria nacional, dizendo ‘olha, levanta do sofá e começa a correr na esteira um pouquinho só para não ficar sentado, só para não engordar e perder competitividade‘. Que aliás é o que tem acontecido ao longo dos últimos 30, 40 anos”, disse.
No âmbito do Mercosul, ele afirmou que o Uruguai concorda com o Brasil quanto à redução das tarifas e também na defesa de liberdade para os integrantes do bloco fazerem acordos, enquanto a Argentina é contra e o Paraguai “está em cima do muro”.
O ministro destacou que o governo não quer que a cláusula de consenso no Mercosul seja de veto, afirmando que o país é grande demais e com muitos desafios para ser prisioneiro de um arranjo institucional ideológico e que não se moderniza.
Guedes lembrou que desde 2011 a relação entre as trocas brasileiras com o Mercosul e o comércio do país com o resto do mundo não supera 10% e que, para o bloco ter importância, é preciso que se modernize.
“Brasil está com 13%, 14% de tarifa média, três vezes tarifa do mundo“, disse.
INVESTIMENTO DO NDB
A cifra contempla, segundo Guedes, cerca de US$ 1,5 bilhão “em projeto verde que vem aí”, além de “3 ou 4 bilhões que já estão encomendados”.
Atualmente, o NDB é presidido por Marcos Troyjo, ex-secretário especial de Comércio Exterior do Ministério da Economia.
Guedes defendeu que bancos como o NDB, BID e Banco Mundial têm por vocação básica investir na construção de infraestrutura transnacional. Falando de projetos desse tipo, o ministro disse que a estrada para ligar Georgetown, na Guiana, a Boa Vista, em Roraima, é “certamente prioridade“. (Com Reuters)
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