O Ibovespa opera em queda na abertura do pregão de hoje (17), com recuo de 0,79%, a 118.240 pontos, às 10h10, horário de Brasília. Ontem, o índice brasileiro retornou para abaixo da faixa dos 120 mil pontos, o menor patamar desde maio.
Hoje, os investidores reagem a novos indicadores econômicos dos Estados Unidos e da Europa, enquanto monitoram os impactos de novas medidas regulatórias na China. No Brasil, dados da inflação e do varejo movimentam a agenda do dia. O mercado também aguarda para hoje a votação da reforma tributária na Câmara dos Deputados.
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As vendas no varejo brasileiro, por sua vez, cresceram 7,2% em julho frente ao mesmo período de 2020, conforme dados que descontam a inflação, mostrou o ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado), que monitora mensalmente 1,3 milhão de varejistas credenciados à empresa de meios de pagamentos. Em termos nominais houve aumento de 21,6%. Os números, contudo, mostram desaceleração na base mensal, após expansão real de 9,5% e alta nominal de 23,3% em junho.
Os índices futuros das Bolsas norte-americanas indicam abertura em queda, após dados negativos sobre as vendas do varejo em julho. Segundo o Departamento do Comércio, o país registrou recuo de 1,1% no indicador referente ao último mês, ante expectativa de baixa de 0,3% e após crescimento de 0,7% em junho.
As ações europeias operam em queda, após indicadores econômicos da Zona do Euro, enquanto os investidores da região seguem monitorando a política monetária dos EUA e a disseminação da variante Delta. O Stoxx 600 opera em queda de 0,14%; na Alemanha, o DAX cai 0,23%; enquanto o CAC 40 desvaloriza 0,57% na França; na Itália, o FTSE MIB é negociado em baixa de 0,89%; enquanto o FTSE 100 avança 0,11% no Reino Unido.
A economia da zona do euro cresceu 2% no segundo trimestre, segundo a agência de estatísticas da União Europeia nesta terça-feira, conforme o afrouxamento das restrições contra o coronavírus ajuda a atividade da região. O PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 13,6% na comparação anual, quando a economia da zona do euro sofreu a pior fase da pandemia.
Para Lucas Collazo, especialista em investimentos da Rico, apesar da recuperação robusta no segundo trimestre, “a economia da zona do euro permanece cerca de 3% menor do que era no final de 2019, ao contrário das economias dos EUA e da China, que superaram seus picos pré-pandêmicos”.
Os mercados asiáticos fecharam no vermelho diante de novos temores regulatórios vindos da China. A Administração Estatal de Regulamentação do Mercado (SAMR, na sigla em inglês), o órgão regulador do país, publicou um projeto de regras hoje com o objetivo de impedir a concorrência desleal na internet. As novas regras cobrem diferentes áreas: desde proibições na maneira como as empresas podem usar os dados até a eliminação de avaliações de produtos falsas.
O Hang Seng, de Hong Kong, caiu 1,66%; o BSE Sensex, de Mumbai, fechou com alta de 0,38%; enquanto no Japão, o índice Nikkei desvalorizou 0,36%; e na China, o índice Shanghai, recuou 2,00%.
No mercado de commodities, os contratos futuros do carvão coque negociados da China fecharam em leve alta nesta terça-feira em meio a expectativas de que a demanda de usinas diminua e haja uma diminuição na escassez. Os contratos futuros mais negociados do carvão coque na bolsa de commodities de Dalian, para entrega em janeiro, fecharam a sessão em alta de 0,7%, a 2.239 iuanes por tonelada. Já a referência do minério de ferro apurou queda de 1,6%, a 834 iuanes por tonelada.
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