“Quero que a CNN se torne um estilo de vida”, diz a CEO Renata Afonso sobre os novos rumos da gigante de telejornalismo no Brasil

1 de agosto de 2021
Divulgação

Renata Afonso foi anunciada como sua sucessora da presidência em abril

Inaugurada em 15 de março de 2020 graças aos esforços do empresário Rubens Menin e principalmente do jornalista Douglas Tavolaro, foi com grande surpresa que o mercado recebeu a notícia, em março de 2021, de que Tavolaro estava deixando precocemente a presidência da CNN Brasil depois de vender sua participação à família Menin.

Renata Afonso foi anunciada como sua sucessora em abril. Houve quem dissesse que a escolha de seu nome também foi uma surpresa. Nem tanto. Nos últimos 14 anos, Renata foi CEO da TV Tem, afiliada da Rede Globo presente em mais de 300 municípios paulistas, com 500 funcionários e 10 milhões de telespectadores. Desse período ela diz se orgulhar do “crescimento exponencial em todos os anos, da liderança de audiência e do nível de satisfação dos colaboradores”.

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Renata conta que conheceu Rubens durante um curso na Singularity University em 2018, na Califórnia. Um ano depois, o próprio Douglas a convidou para se juntar ao projeto da CNN brasileira, mas a oferta não a seduziu. Com a vida pessoal e profissional bem estruturada em torno da TV Tem, mantinha sua casa na capital, onde cuida dos “filhos” Lucky, Bless e Joy (três vira-latas), e ia à sede da emissora, em Sorocaba (a 101 quilômetros de São Paulo) de segunda a quinta-feira, trabalhando em home office às sextas. Estava construindo uma casa em Itu para ficar ainda mais perto do trabalho.

Com a saída de Douglas, Rubens telefonou. “Ele perguntou: ‘Como está sua vida? Está confortável?’ Respondi que sim – e percebi que isso era bom e ruim na mesma medida.” Aos 48 anos de idade e “com muito gás”, Renata se deu conta de que era hora de fechar um ciclo. O “sim” não demorou, assim como a estreia no novo endereço corporativo, agora na Avenida Paulista. “Minha primeira providência foi redistribuir as pessoas para criar um ambiente mais seguro na pandemia”, conta ela. “Quem podia trabalhar em home office foi para casa. Assim como fizemos na TV Tem desde março de 2019 – quando me chamaram de louca e depois viram que eu estava certa –, faço questão de manter os protocolos de segurança em níveis máximos.” Menin, agora dono de 100% da CNN, reconhece: “Renata é muito competente e capacitada. O mais importante nela é a retidão de caráter. Isso não tem preço”.

Sem revelar os valores a serem investidos, ela diz que recebeu a missão de “expandir e otimizar os recursos internos”. Para isso, definiu seus próximos passos: “Quero que a CNN se torne um estilo de vida. Vamos abordar novas temáticas, entrevistar celebridades… Vamos entrar na seara das soft news e, assim que possível, reforçaremos a área de eventos.”

E sobre os profetas que dizem que a TV está com os dias contados? “Não entendo isso. Conteúdos audiovisuais nunca foram tão consumidos como agora. O aparelho no qual você consome esse conteúdo é o de menos.” E conclui, metaforizando: “Talvez mude o fogão, mas a comida está cada vez melhor”.

Reportagem publicada na edição 87, lançada em maio de 2021.

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