“A televisão está mudando muito e as mudanças que vêm pela frente são ainda mais disruptivas. No futuro, teremos a TV 2.5 e 3.0, e com ela será possível chegar em residências de forma segmentada”, defende o executivo à frente da rede de comunicação desde 2015.
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O Grupo RBS, afiliada da Rede Globo no Rio Grande do Sul (RS), tem como diferencial a produção de conteúdo hiperlocal, estratégia que para o CEO está alinhada com o futuro da segmentação.
A companhia possui 12 emissoras no estado que, além de retransmitir o conteúdo nacional da Rede Globo e o estadual produzido em Porto Alegre, também trabalham com produção própria. “Mesmo na TV aberta, temos espaço de conteúdo hiper-regionalizado. E no futuro vamos poder segmentar ainda mais”, explica. A estratégia da RBS para conquistar mercado neste contexto é resumida em investimentos, digitalização e transformação organizacional.
As mudanças começaram em 2017, quando a empresa abandonou o modelo de divisão das operações entre rádio, televisão e jornal para iniciar um processo de integração. “Parece óbvio, mas nossos negócios deixaram de ser orientados por plataforma e sim pelos clientes”, diz. Ou seja, se antes o pensamento era: “Qual conteúdo posso produzir para o rádio? E para a TV? E para o online?”. A lógica passou a ser: “Qual conteúdo devemos produzir para nossos clientes? Em que canal ele será melhor veiculado?”, explica o executivo.
No mesmo ano, o Grupo criou o jornal digital GZH, que atualmente conta com 100 mil assinantes. “A gente enxergou que a partir da criação de um lugar de mais profundidade, que envolvia marca de rádio e de jornal, poderíamos fazer um conteúdo mais denso”, avalia Toigo. Com o GZH, o público já pode customizar as notificações e notícias que deseja receber, com base em seus interesses.
Até 2024, o Grupo RBS planeja investir R$ 70 milhões em modernização dos parques tecnológicos de rádio e televisão e, também, desenvolvimento de produtos para o digital. O montante, segundo o CEO, será destinado para investimentos em infraestrutura. “Estamos investindo para atualizar nossos parques e ter mais agilidade. Nos tempos de hoje, ter mais pontos de conexão também gera oportunidades”.
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Um estudo global realizado pela PwC estima que a receita de transmissão para empresas televisivas não irá recuperar os níveis anteriores à pandemia até 2025. No Brasil, a mesma pesquisa aponta que o mercado de Mídia e Entretenimento no Brasil deve crescer em 4,7% e movimentar US$38 bilhões nos próximos quatro anos.
O levantamento analisou 14 segmentos do setor em 53 países. Em 2020, o crescimento do mercado no Brasil foi menor que a média global pela primeira vez. A previsão é de que o país só supere a média mundial novamente a partir de 2023.
Formado em administração de empresas, Claudio Toigo Filho entrou no Grupo RBS em 1994, como trainee. Desde então, geriu eventos, trabalhou como diretor de televisão, passou pela área de business, atuou como vice-presidente de finanças e, atualmente, é CEO do grupo.
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