Ibovespa inicia semana no azul, enquanto o dólar é negociado em queda a R$ 5,21

13 de setembro de 2021

O Ibovespa opera em alta no início do pregão de hoje (13), com avanço de 1,28%, a 115.744 pontos perto das 10h11, horário de Brasília. Nesta segunda-feira, o mercado já leva em conta as estimativas de alta para a inflação e a taxa Selic, segundo o Relatório Focus, do Banco Central, divulgado nesta manhã. Enquanto isso, no exterior, os investidores seguem acompanhando as perspectivas de mudanças na política monetária dos Estados Unidos, que trará novos dados importantes essa semana e as pressões regulatórias de Pequim.

A pesquisa Focus indica aumento da pressão inflacionária, com alta para o IPCA neste ano pela 23ª vez seguida, de uma taxa de 7,58% prevista no levantamento anterior, para 8,0% no atual. Para 2022 a estimativa subiu a 4,03%, de 3,98%. Com isso, a projeção para a taxa básica Selic no Focus saltou a 8,0% para 2021 e 2022, de 7,63% e 7,75%, respectivamente, na semana anterior.

O levantamento semanal também mostrou que, para o PIB (Produto Interno Bruto), as instituições financeiras consultadas estimam crescimento de 5,04% para este ano e de 1,72% para 2022. Antes a expectativa era de 5,15% e 1,93%, respectivamente. Enquanto a estimativa para o dólar ao fim deste ano subiu a R$ 5,20, de R$ 5,17 na semana anterior.

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Ainda hoje, o Banco Central divulga a balança comercial da semana, às 15h.

Pietra Guerra, especialista em ações da Clear Corretora, relembra que para esta semana, ainda nesse ambiente politicamente turbulento, ocorrerá a votação da PEC dos precatórios no Congresso. “Vamos lembrar que o montante que o governo deveria pagar no próximo ano, que chegou a R$ 90 bilhões, será discutido e precisa ser discutido e ajustado para saber que parcela, de fato, será paga em 2022.”

O dólar recua frente ao real, enquanto a inflação e a política monetária, no Brasil e no exterior, seguem no radar. Às 10h11, o dólar caía 0,99%, a R$ 5,2141.

Os futuros dos principais índices de ações norte-americanos operam em alta nesta manhã, enquanto o mercado aguarda dados econômicos importantes na semana. Além disso, os investidores já operam em compasso de espera pela próxima reunião do Federal Reserve, o Banco Central dos EUA, que acontece nos próximos dias 21 e 22 e trará indicações importantes sobre o futuro da política monetária do país.

Júlia Aquino, especialista em investimentos da Rico, explica que o principal indicador econômico desta semana é o índice de preços ao consumidor, que sai amanhã (14). A especialista conta que, junto à alta para 8,3% na inflação ao produtor divulgada na última semana, a inflação ao consumidor deve ditar o ritmo da redução monetária do Fed. “Nós esperamos que o Fed anuncie um calendário de retirada gradual dos estímulos em sua próxima reunião de política monetária, na semana que vem.”

As ações europeias operam em alta nesta segunda-feira, enquanto os investidores europeus continuam a digerir a decisão do Banco Central Europeu na semana passada de desacelerar a compra de títulos. Além disso, a inflação implícita de cinco anos, medida do mercado para a inflação no longo prazo acompanhada pelo BCE, subiu para 1,8207%, nível mais alto desde meados de 2015 e mais perto da nova meta de inflação da entidade, de 2%.

O índice Stoxx 600 sobe 0,68%; na Alemanha, o DAX avança 0,93%; enquanto o CAC 40 valoriza 0,80% na França; na Itália, o FTSE MIB cresce 1,03%; e o FTSE 100 opera em alta de 0,70%, no Reino Unido.

Na Ásia, as Bolsas fecharam sem direção definida, com o aumento das preocupações acerca das intervenções regulatórias de Pequim sobre o mercado de tecnologia. O índice Nikkei avançou 0,22%, no Japão; o Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 1,50%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou em queda de 0,22%; e o índice Shanghai, da China, subiu 0,33%.

Os contratos futuros do vergalhão de aço chinês foram negociados em intervalos limitados nesta segunda-feira, com leve queda ante máximas recentes, enquanto os preços das matérias-primas para a produção de aço despencaram. O vergalhão mais ativo na Bolsa de Futuros de Xangai, para entrega em janeiro, caiu 0,6% para 5.642 iuanes (US$ 874,40) por tonelada no fechamento. Já o minério de ferro em Dalian fechou em queda de 3,5%, para 706 iuanes, assim como o carvão metalúrgico, que recuou 6,3%.

Os preços do petróleo avançam nesta segunda-feira, já que as preocupações com o abastecimento dos EUA após os danos do furacão Ida apoiaram o mercado, assim como as expectativas de maior demanda. Por volta das 9h50, os futuros do petróleo Brent subiam 1,04%, a US$ 73,70 o barril, enquanto os futuros do petróleo WTI avançavam 1,28%, a US$ 70,61 o barril. (com Reuters)

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