Há pouco menos de duas semanas, o banco estimava taxa de câmbio de R$ 5,33 por dólar no término de 2021.
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Entre esses fatores, o relatório apontou a alta dos preços das commodities, os patamares mais baixos do índice do dólar atingidos durante a pandemia e o aumento recente do diferencial de juros entre Brasil e economias avançadas.
Isso, por sua vez, sugere que “riscos domésticos relacionados principalmente a incertezas fiscais podem ser a grande força mantendo o real desvalorizado”, escreveram no documento Leonardo Porto (economista-chefe do Citi no Brasil), Thais Ortega e Paulo Lopes (economistas).
Segundo o Citi, essa hipótese é reforçada pela disparidade de desempenho entre a moeda brasileira e as de outros pares de países exportadores de commodities, que tiveram desvalorização bem mais comportada desde o início da pandemia.
E conforme o ambiente favorável vai ficando para trás –em meio a expectativas crescentes de aperto monetário nos EUA, dúvidas sobre o crescimento econômico global e possibilidade de impacto sobre as commodities–, o real pode estar mais vulnerável a guinadas negativas no cenário para as moedas de países emergentes, alertou o Citi.
Hoje, o dólar era negociado em torno dos R$ 5,49 na venda, acumulando alta nominal de 5,8% em 2021. Em relação aos patamares do fim de fevereiro de 2020, antes de a pandemia forçar restrições econômicas de combate à Covid-19, o dólar tem alta de 22,5%.
No mesmo período, um índice do JPMorgan para moedas de países emergentes acumula desvalorização de pouco mais de 5%.
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