No início deste ano, o JPMorgan Chase ajudou o ex-presidente a fazer um empréstimo de US$ 1,2 bilhão que foi garantido por um complexo de escritórios de São Francisco no qual Trump detém uma participação minoritária de 30%. Como sócio, o republicano não seria pessoalmente responsável por essa dívida em caso de inadimplência, mas ela ainda tem um efeito enorme sobre suas finanças.
O novo empréstimo permitiu que Trump e seu parceiro de negócios, o Vornado Realty Trust, de capital aberto, pagassem outro financiamento, que vencia no mês passado, no qual o prédio também foi dado em garantia, e saíssem ainda com cerca de US$ 616 milhões em dinheiro.
Esse dinheiro pode se mostrar útil nos próximos anos. Em setembro de 2022, Trump tem outro empréstimo vencendo, este no valor de US$ 100 milhões, garantido por uma propriedade que é totalmente dele – o espaço comercial dentro da Trump Tower. Teoricamente, ele também poderia refinanciar essa dívida. O imóvel vale cerca de US$ 275 milhões, então é provável que um banco esteja disposto a oferecer US$ 100 milhões se ele for dado em garantia. Mesmo que o ex-presidente não consiga encontrar uma empresa para refinanciar a Trump Tower, ele deve conseguir fazer o pagamento com seus próprios fundos.
Mesmo depois de quitar a dívida da Trump Tower, o republicano tem boas chances de repor suas reservas.
Dois meses após o vencimento do empréstimo da Trump Tower, outra dívida vencerá – esta ligada a um arranha-céu em Nova York chamado 1290 Avenue of the Americas. Trump possui 30% de participação no imóvel, e a Vornado, os 70% restantes. Se a empresa refinanciar aquele prédio, Trump poderia facilmente sair com US$ 75 milhões em dinheiro.
Colocando de outra forma: quanto mais dinheiro Trump puder juntar agora, mais seguro ele estará – mesmo que isso signifique aumentar sua dívida.