Lucro da Ericsson supera expectativas, apesar de revés na China

19 de outubro de 2021

A sueca Ericsson relatou lucro do terceiro trimestre acima das estimativas hoje (19), uma vez que as fortes vendas de equipamentos 5G na maior parte do mundo compensaram a perda de participação de mercado na China continental e os problemas da cadeia de abastecimento global.

A Suécia proibiu a chinesa Huawei de vender equipamentos 5G no país há um ano e a Ericsson desde então perdeu grande parte de sua participação nas últimas rodadas de licitações de telecomunicações na China.

Acompanhe em primeira mão o conteúdo do Forbes Money no Telegram

A proporção da receita que a Ericsson obtém da China caiu para cerca de 3% do total, de 10% a 11%, disse o diretor financeiro Carl Mellander, mas a Ericsson preencheu as lacunas deixadas pela Huawei em vários países diante de pressão do governo dos EUA.

As vendas na China caíram 3,6 bilhões de coroas suecas (US$ 418,1 milhões) no terceiro trimestre e a empresa planeja redesenhar sua organização de vendas e entregas no país.

A Ericsson, rival da Nokia, também disse que os problemas da cadeia de suprimentos global começaram a piorar.

“No final do terceiro trimestre, experimentamos algum impacto nas vendas com alterações na cadeia de abastecimento e esses problemas continuarão a representar um risco”, disse o presidente-executivo, Börje Ekholm, em comunicado.

A empresa não foi capaz de entregar determinados hardwares para seus clientes devido à falta de chips, além de problemas de logística, levando a uma queda na receita, disse Mellander.

O lucro trimestral ajustado subiu para 8,8 bilhões de coroas suecas (US$ 1,02 bilhão) de 8,6 bilhões um ano atrás, superando a previsão média de 7,85 bilhões, de acordo com estimativas de analistas, segundo a Refinitiv.

Assegurar contratos 5G de todas as três empresas de telecomunicações dos EUA – Verizon, AT&T e T-Mobile – ajudou a empresa a absorver as perdas na China.

A receita total caiu 2%, para 56,3 bilhões de coroas, abaixo dos 58,14 bilhões de coroas previstos pelos analistas. (Com Reuters)