As chances de Powell diminuíram nos mercados de apostas desde as críticas duras de democratas progressistas ao seu desempenho e a um escândalo de negociações financeiras entre autoridades do Fed.
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Brainard, que foi indicada para o Conselho do banco em 2014 pelo então presidente Barack Obama, é vista por muitos como mais “dovish” (inclinada a condições monetárias mais acomodatícias), do que Powell, em parte por causa de sua pressão por manutenção uma política monetária bastante expansionista até haver mais progresso na recuperação do emprego nos EUA.
Caso ela seja escolhida como chair, o Fed poderia prorrogar medidas “dovish” e adiar o cronograma de aumento de juros do banco central para depois de 2022, mas isso poderia resultar em uma série de aumentos de juros rápidos à frente se a inflação alta persistir e o Fed ficar atrás da curva, disseram investidores e analistas.
“Você poderia ver um caminho diferente na política monetária com um Fed liderado por Brainard”, que atrasaria aumentos iniciais de juros e prosseguiria com um ciclo de aperto monetário mais curto, disse Paul Herbert, diretor-gerente da Harbor Capital Advisors, que acredita que Powell será reconduzido ao posto, mas está se preparando para reter títulos de duração mais curta por mais tempo no caso de Brainard ser escolhida.
Quem quer que Biden indique será analisado primeiramente pelo Comitê Bancário do Senado dos Estados Unidos e depois será submetido a uma votação no plenário do Senado, onde uma maioria simples é necessária.
Powell, um republicano, fez mais do que qualquer chair recente do Fed para cultivar relações no Capitólio, encontrando-se regularmente com membros dos dois partidos. (Com Reuters)