O Departamento do Comércio informou nesta quarta-feira (24) que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica norte-americana, saltaram 1,3% no mês passado, após alta de 0,6% em setembro. Os gastos foram em parte impulsionados por preços mais altos, uma vez que a demanda continua superando a oferta.
Economistas consultados pela Reuters previam aumento de 1,0%nos gastos do consumidor.
O presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou na terça-feira que os Estados Unidos liberarão milhões de barris de petróleo de suas reservas estratégicas para auxiliar no arrefecimento dos preços da commodity, em coordenação com China, Índia, Coreia do Sul, Japão e Reino Unido.
Os gastos do consumidor estão acelerando após recuarem com força no terceiro trimestre, quando as infecções por coronavírus, impulsionadas pela variante Delta, explodiram e a escassez de bens se tornou mais generalizada. O temor de encontrar prateleiras vazias e de pagar ainda mais caro por produtos escassos encorajou os norte-americanos a iniciar suas compras de fim de ano mais cedo.
A expectativa de varejistas é de que as vendas neste período sejam as melhores em anos, mas alguns economistas alertam sobre os riscos baixistas para a previsão otimista. As infecções por coronavírus estão aumentando novamente, o que pode levar alguns consumidores a reduzir gastos com viagens e lazer, incluindo refeições em restaurantes.
“Ambos os cenários têm potencial de enfraquecer projeções otimistas de vendas de fim de ano.”
As pressões inflacionárias aqueceram em outubro. O índice de preços PCE, excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,4%, após alta de 0,2% em setembro. Nos 12 meses até outubro, o chamado núcleo do PCE acelerou a alta para 4,1%, após avanço de 3,7% em setembro ante o mesmo período no ano anterior.
O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Federal Reserve para sua meta flexível de 2%.