O IBC-Br (Índice de Atividade Econômica), considerado sinalizador do PIB (Produto Interno Bruto), teve recuo de 0,27% em setembro na comparação com agosto, segundo dado dessazonalizado informado pelo BC.
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Isso levou o índice a fechar o terceiro trimestre com contração de 0,14% na comparação com os três meses anteriores, em meio à dificuldade de recuperação da economia ao caminhar para o final do ano.
O IBGE divulga os dados oficiais do PIB no dia 2 de dezembro, depois de informar recuo de 0,1% no segundo trimestre. Se confirmada a segunda contração trimestral, isso caracterizaria recessão técnica.
Na comparação com setembro de 2020, o IBC-Br registrou alta de 1,52%, enquanto no acumulado em 12 meses passou a um avanço de 4,22%, de acordo com números observados.
Buscando conter o forte aumento dos preços, o BC vem intensificando o aperto monetário, tendo já elevado a taxa básica de juros Selic ao nível atual de 7,75%.
Ainda assim, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, indicou nesta terça-feira que a autoridade monetária precisa ser realista quanto à piora da inflação, que aconteceu tanto em termos quantitativos quanto qualitativos.
A indústria brasileira encerrou o terceiro trimestre com perdas de 1,7% sobre o segundo, depois de recuo da produção de 0,4% em setembro.
Entre os especialistas econômicos, a piora do cenário econômico vêm sendo uma constante tanto para este ano quanto o próximo. A pesquisa Focus realizada pelo BC com uma centena de economistas aponta que a expectativa agora é de um crescimento do PIB de 4,88% em 2021, indo a 0,93% em 2022. (Com Reuters)