O Ibovespa opera em alta de 0,09% na abertura do pregão de hoje (22), a 103.130 pontos perto das 10h10, horário de Brasília. O mercado doméstico repercute os novos dados do Relatório Focus do Banco Central, que prevê inflação de dois dígitos. No cenário internacional, os novos casos de coronavírus e a espera pela decisão do novo presidente do Federal Reserve ditam o ritmo do dia. O dólar avança 0,70% ante o real por volta das 10h10. A moeda era negociada a R$ 5,6080.
A expectativa do mercado para a inflação este ano chegou aos dois dígitos na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central nesta segunda-feira, com os especialistas passando a ver ainda mais aperto monetário em 2022.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA em 2021 foi a 10,12%, de 9,77% na semana anterior, bem acima do teto da meta, de 3,75%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou menos.
Para 2022 o cenário também é de inflação maior, de 4,96%, contra taxa de 4,79% esperada antes. O teto do ano que vem é de 3,50%, também com margem de 1,5 ponto.
Ao mesmo tempo, a pesquisa semanal com uma centena de economistas mostrou ainda perspectiva de maior aperto monetário no próximo ano, com a taxa básica de juros Selic calculada agora em 11,25%, de 11,00% na semana anterior.
De acordo com o comunicado, o programa atenderá as famílias registradas no Cadastro Único do governo federal com renda mensal per capita menor ou igual a meio salário mínimo ou que tenham entre seus membros alguém que receba o Benefício de Prestação Continuada (BPC).
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos, os investidores seguem na expectativa de que nos próximos dias o presidente dos Estados Unidos Joe Biden nomeará o próximo chefe do Federal Reserve. Na visão do mercado, os principais nomes são do atual presidente Jerome Powell e de Lael Brainard.
O banco central da China disse na sexta-feira que vai manter a política monetária “flexível e direcionada”. Algumas mudanças nas palavras do relatório de implementação de política monetária do Banco do Povo da China representam uma alteração oficial na postura de política monetária do banco central, e abrem caminho para um afrouxamento monetário e de crédito mais decisivo.
A China deixou inalteradas as taxas referenciais de empréstimos para empresas e famílias pela 19ª vez na fixação de novembro nesta segunda-feira, em linha com as expectativas do mercado. A taxa primária de empréstimos de um ano (LPR) permaneceu em 3,85%, enquanto a de cinco anos foi mantida em 4,65%.
O Hang Seng, de Hong Kong, desvalorizou 0,39%; e o BSE Sensex, de Mumbai, fechou o dia em baixa de 1,96%. Já na China continental, o índice Shanghai ganhou 0,46%; e no Japão, o índice Nikkei avançou 0,09%.
O Bundesbank também alertou que a inflação na maior economia da Europa deve ficar bem acima de 3% por algum tempo e que as próximas negociações salariais devem gerar grandes aumentos.
A economia da Alemanha cresceu no primeiro semestre do ano, com a reabertura de serviços. Mas, desde então, tem desacelerado à medida que sua indústria é afetada por interrupções na oferta e construtoras enfrentam cada vez mais dificuldades para encontrar trabalhadores, de acordo com o banco.
Por lá, as bolsas operam sem direção definida. O Stoxx 600 perde 0,10%; na Alemanha, o DAX sobe 0,02%; o CAC 40 em alta de 0,15% na França; na Itália, o FTSE MIB cai 0,26%; enquanto o FTSE 100 tem desvalorização de 0,16% no Reino Unido.
Os preços futuros do aço na China saltaram nesta segunda-feira. Bobinas a quente e o vergalhão de construção sobem mais de 4% na sessão, reduzindo a diferença com os preços spot, conforme os operadores comemoram uma pequena melhora no consumo de metais industriais.
A demanda aparente por cinco produtos de aço na China, incluindo vergalhão, fio-máquina e bobinas laminadas a quente, aumentou por duas semanas consecutivas e subiu 4,2% na semana passada em relação ao início de novembro, mostraram dados da consultoria Mysteel.
Os futuros do minério de ferro de referência em Dalian, para entrega em janeiro, subiram 6,2%, para 558 iuanes por tonelada.