A companhia, que passou a contabilizar os ativos da Biosev, cuja aquisição foi concluída em agosto, reportou ainda resultado operacional recorde.
“Com o início do processo de integração da Biosev a partir deste trimestre, aumentamos nossa capacidade de atender o mercado com maior escala, soluções integradas, competitivas, sustentáveis”, disse o CEO da companhia, Ricardo Mussa, em nota.
A integração de ativos da Biosev consolida a Raízen, joint venture da Cosan com a Shell, como o maior produtor mundial de cana-de-açúcar e de produtos como etanol e açúcar a partir desta matéria-prima, com a companhia passando a contar com 35 parques de bioenergia e capacidade de processamento por safra de 105 milhões de toneladas.
Também na noite de quinta-feira (11), a companhia informou o guidance de moagem da Raízen, incluindo Biosev, que deverá ficar entre 76 milhões e 77 milhões de toneladas de açúcar na temporada 2021/22, distante da capacidade total em meio a problemas climáticos como seca e geadas no centro-sul.
A moagem estimada se compara a uma safra anterior fechada (sem Biosev) de 61,5 milhões de toneladas.
O Ebitda ajustado de renováveis foi previsto em até 4,4 bilhões de reais, enquanto o de açúcar em até 2,6 bilhões de reais.
A alavancagem da Raízen atingiu 1,5 vez (dívida líquida/Ebitda dos últimos 12 meses) versus 3,2 vez no mesmo período do ano passado, reflexo principalmente da entrada dos recursos do IPO compensado pela saída de caixa referente a aquisição da Biosev.
QUEDA NA MOAGEM
“Além da maior seca dos últimos 90 anos, alguns focos de queimadas e as geadas afetaram a produtividade dos canaviais na região centro-sul do país”, afirmou.
Os parques de bioenergia da Raízen processaram 37,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar (-5%) no trimestre, encerrando os seis primeiros meses da safra com 68,5 milhões de toneladas de cana moída, 6% abaixo do mesmo período do ano passado.
COMBUSTÍVEIS
“A demanda no ciclo Otto segue acelerada com a retomada da circulação de pessoas nos grandes centros em razão da melhora dos números da pandemia”, afirmou a empresa.
No diesel, o crescimento da demanda tem sido “ainda mais significativo, alavancada por alguns setores da economia como o agronegócio e o de transporte de cargas e passageiros”.
Na comparação com o primeiro trimestre, a redução do Ebitda ajustado (-5%) reflete o cenário de preços de combustíveis no Brasil com menos volatilidade, “reduzindo os ganhos oriundos da estratégia de suprimentos e comercialização neste trimestre”.