A produção somou 177,9 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus e as vendas corresponderam a 162,3 mil unidades, o primeiro crescimento mensal nos licenciamentos desde a marca de 188,7 mil registrada em maio.
Na comparação com outubro do ano passado, quando o setor ainda não enfrentava de maneira intensa a crise de semicondutores, a produção do mês passado caiu 24,8% e a venda recuou 24,5%.
Em outubro, as exportações de veículos montados cresceram 26,1% ante setembro, mas recuaram 14,6% em relação ao mesmo mês de 2020, para 29,8 mil unidades.
GREVE
O presidente da Anfavea deixou inalteradas as estimativas reduzidas de desempenho do setor para o ano divulgadas em outubro – produção em alta de 6% a 10% e vendas em queda de 1% a crescimento de 3% -, mas alertou que greve no Porto do Santos é outro problema enfrentado pelo setor, além da escassez de componentes.
“Muitas montadoras usam o porto para receber material importado… Esperamos que o governo consiga um diálogo lá, no final de semana várias montadoras tentaram liberar as coisas lá, mas pelo o que estamos sabendo a greve continua”, acrescentou.
O setor automotivo terminou outubro com estoque de 93,5 mil veículos, volume suficiente para atendimento de 17 dias de vendas, segundo os dados da entidade. Em setembro, o montante era de 85,9 mil unidades.
Moraes afirmou ainda que a indústria automotiva tem preocupação sobre as perspectivas para 2022, em meio a um forte movimento de alta de juros e eleições.
“Esperamos ter crescimento em 2022, mas este momento atual não ajuda… A preocupação (sobre o desempenho do setor no próximo ano) existe. A agenda eleitoral não pode ficar acima da agenda econômica, das reformas e da agenda social.” (Com Reuters)