Ana Paula Vescovi e equipe destacaram que houve importantes sinais de mudanças na política fiscal, principalmente no arcabouço legal do teto de gastos, que tem sido a principal âncora fiscal nos últimos anos, e chamaram a atenção para o elevado grau de incerteza sobre os rumos da política econômica.
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Em relação ao IPCA, o banco agora calcula altas de 9,6%, 5,2% e 3,5% em 2021, 2022 e 2023, de previsão anterior de 9%, 4,7% e 3,3%. Para a taxa de câmbio, prevê o dólar a R$ 5,50 neste ano (de estimativa anterior de R$ 5,35), passando a R$ 5,70 no próximo (de R$ 5,55). Para 2023, manteve em R$ 5,20.
A PEC dos Precatórios, aprovada em primeiro turno no plenário da Câmara dos Deputados nesta semana, “surpreendeu claramente os mercados (nós inclusive), tanto em termos do montante de despesas adicionais propostas, mas também em termos do ‘veículo legal’ utilizado para afrouxar a restrição orçamentária em 2022”.
A equipe do banco ponderou que as mudanças ainda precisam ser aprovadas em outras etapas no Congresso Nacional, mas que a discussão já teve impacto sobre as condições de mercado – com forte aumento da volatilidade nos preços de ativos brasileiros – e resultou em expectativas econômicas menos otimistas.
A dívida líquida, calculam, deve ficar em 58,7% do PIB neste ano, 62,6% no próximo ano e 67,8% no seguinte, ante estimativa anterior de 58%, 60,5% e 64,1%. O resultado primário do setor público deve ficar em -0,3% em 2021, passando a -1,7% em 2022 e -1,3% em 2023, calculam, de -0,5%, -1,3% e -1,1% anteriormente. (Com Reuters)