Perspectiva para recuperação global é pessimista, mostra pesquisa do Fórum Econômico Mundial

11 de janeiro de 2022
iStock

Estudo anual do Fórum Econômico Mundial, com mil líderes de diferentes países, classifica os maiores riscos para recuperação global

Apenas um em cada dez membros do Fórum Econômico Mundial consultados numa pesquisa espera que a recuperação global acelere nos próximos três anos, segundo levantamento com quase mil líderes empresariais, governamentais e acadêmicos, com apenas um em cada seis otimista sobre a perspectiva do mundo.

A mudança climática foi vista como o perigo número um pelos entrevistados no relatório anual de riscos do Fórum divulgado hoje (11), enquanto a erosão da coesão social, crises de subsistência e a deterioração da saúde mental foram identificadas como os riscos que mais aumentaram desde o início da pandemia de Covid-19.

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“Os líderes globais devem se unir e adotar uma abordagem coordenada de múltiplas partes interessadas para enfrentar desafios globais implacáveis e construir resiliência antes da próxima crise”, disse Saadia Zahidi, diretora-gerente do Fórum.

O clima extremo foi considerado o maior risco para o mundo no curto prazo, e, a médio e longo prazos – dois a dez anos, a principal ameaça é um fracasso da ação climática, mostrou a pesquisa.

“A falha em agir sobre as mudanças climáticas pode reduzir o PIB global em um sexto e os compromissos assumidos na COP26 ainda não são suficientes para atingir a meta de (limitar o aquecimento global a) 1,5 (graus Celsius)”, disse Peter Giger, chefe do grupo de risco da Zurich Insurance, que ajudou a compilar o relatório.

O relatório do Fórum também destacou quatro áreas de risco emergente – segurança cibernética, transição climática desordenada, pressões migratórias e competição no espaço.

Essa pesquisa é publicada todos os anos antes da reunião anual do Fórum, em Davos. No entanto, o órgão com sede em Genebra adiou no mês passado o evento de janeiro até meados de 2022, devido à disseminação da variante Ômicron do coronavírus.

O relatório foi produzido em conjunto com a Zurich, a Marsh McLennan e o SK Group, da Coreia do Sul, bem como com as universidades de Oxford e Pensilvânia e a Universidade Nacional de Cingapura.