Agora, a estimativa é de alta no Produto Interno Bruto (PIB) de 1,5% este ano, contra 2,1% na projeção feita em novembro do ano passado. Para 2023, a projeção foi mantida em 2,5%.
Para a inflação medida pelo IPCA, a estimativa da equipe econômica subiu para 6,55% em 2022, de 4,70% antes, e foi mantida em 3,25% para 2023.
Agentes de mercado preveem crescimento do PIB de 0,49% este ano e de 1,43% para o ano que vem. Já para a inflação, as expectativas são de alta de 6,45% e 3,70%, respectivamente, conforme pesquisa Focus mais recente.
Para o INPC acumulado neste ano –que serve de parâmetro para a correção do salário mínimo e de uma série de despesas previdenciárias no Orçamento do ano que vem– a conta foi a 6,7%, de 4,25% anteriormente.
A Reuters antecipou a redução da projeção do governo para o PIB deste ano ontem.
“Os setores mais afetados negativamente no final do ano passado foram a indústria e o setor agropecuário, cuja produção foi prejudicada, em grande medida, pela ampliação dos gargalos nas cadeias globais e pela maior crise hídrica em quase 100 anos, respectivamente”, disse.
Em relação ao cenário internacional, a SPE afirmou que projeções coletadas dos analistas de mercado indicam uma revisão negativa da atividade para as principais economias globais. A pasta ressaltou que a projeção maior de inflação decorre do aumento dos preços de commodities agrícolas e energéticas em meio às tensões no Leste Europeu, com o conflito entre Rússia e Ucrânia.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem dito repetidamente que o país voltará a surpreender os analistas, com maiores investimentos privados e uma melhora no mercado de trabalho mitigando efeitos adversos da inflação elevada, mesmo em meio às incertezas globais geradas pela invasão da Ucrânia pela Rússia.