O Ibovespa fechou hoje (25) próxima à estabilidade com pequeno avanço de 0,02%, a 119.081 pontos, acompanhando o exterior e quebrando a sequência de sete pregões de alta. O índice acumulou avanço de 3,3% na semana.
Os investidores passaram o dia atentos ao crescimento do IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) de março, que contrariou as expectativas de recuperação econômica.
A inflação subiu 0,95% e atingiu o maior nível para março em sete anos, sentindo o peso do aumento dos preços de alimentos e combustíveis. A taxa em 12 meses atingiu 10,79%. A confiança dos consumidores também foi afetada pela inflação crescente e recuou 3,1 pontos no mês.
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O dólar caiu pelo oitavo dia seguido e quebrou a barreira dos R$ 4,80. A moeda recuou 1,77% e fechou a sexta-feira negociada a R$ 4,7461 na venda. Esta é a décima semana de perdas do ano – a divisa já recuou mais de 14% no acumulado de 2022.
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No balanço financeiro divulgado hoje, a Cogna (COGN3) reverteu prejuízo e teve lucro de R$ 65 milhões no 4º trimestre de 2021. As ações reagiram de forma positiva e subiram 19,48%. A movimentação também puxou as ações da Yduqs (YDUQ3), do mesmo setor, que fecharam em alta de 8,89%.
Com a forte queda do dólar, as exportadoras de produtos como minério de ferro, carne e papel e celulose sentiram o baque. A Vale (VALE3) recuou 1,73%, a Suzano (SUZB3) perdeu 6% e a JBS (JBSS3) cedeu 3,72%.
“Como essas empresas vendem para o exterior, a queda do dólar tem duplo efeito: torna o produto menos competitivo no mercado internacional e impacta a receita quando as vendas externas são convertidas para reais”, diz Alexsandro Nishimura, economista, head de conteúdo e sócio da BRA.
Em Wall Street, dois dos principais índices fecharam em alta. O Dow Jones subiu 0,44% a 34.861 pontos; o S&P 500 ganhou 0,51%, a 4.542 pontos; e o Nasdaq perdeu 0,16% a 14.169 pontos.
Por lá, o saldo continua positivo. As ações dos Estados Unidos subiram em seis das últimas oito sessões, com ganhos nos papéis de mega capitalização e fortes dados econômicos ofuscando preocupações com a escalada das tensões geopolíticas, preços mais altos do petróleo e pedidos por ação mais agressiva do Federal Reserve, o banco central dos EUA, no combate ao aumento da inflação. (Com Reuters)