O volume do setor teve em janeiro recuo de 0,1% na comparação com dezembro, segundo os dados divulgados hoje (16) pelo IBGE.
Já em relação ao mesmo mês do ano anterior, o volume apresentou alta de 9,5%, ante expectativa de 9,3%.
O resultado de janeiro deixou o setor 7,0% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020, mas ainda 5,2% abaixo do pico da série, registrado em novembro de 2014.
O avanço da vacinação contra a Covid-19 no país permitiu a retomada dos serviços com contato social, os mais afetados pela pandemia, embora a disseminação da variante Ômicron no início deste ano tenha apresentado desafios.
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“Não sabemos o que vai ocorrer daqui para frente, mas o que dá para dizer é que o ritmo do setor de serviços está cada vez menor”, avaliou Lobo, citando uma acomodação do setor. “Não dá para chamar janeiro de mês de inflexão dos serviços.”
“A Ômicron não parece ter sido a causa para essa queda. Talvez um nível de preços mais alto, menor renda e desemprego muito elevado”, completou.
Nessa atividade, o segmento de tecnologia da informação caiu 8,9%, contribuindo “decisivamente” para o resultado do setor de serviços no primeiro mês do ano, de acordo com Lobo.
Também apresentaram quedas os serviços prestados às famílias (-1,4%), interrompendo nove meses seguidos de ganhos; e outros serviços (-1,1%).
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Os resultados positivos em janeiro foram registrados por transportes (1,4%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (0,6%).
O índice de atividades turísticas, por sua vez, cresceu 1,1% em relação a dezembro, oitava taxa positiva nos últimos nove meses, acumulando ganho de 69,6%. Ainda assim, o segmento permanece 9,7% abaixo do patamar pré-pandemia.