“O resultado foi influenciado pela reversão dos incentivos fiscais concedidos durante a pandemia de Covid-19 e por um crescimento econômico em 2021 pautado na retomada de setores como comércio e serviços”, disse o Tesouro.
A maior fatia da carga tributária do país é de atribuição do governo federal, com 22,48% do PIB em 2021, elevação de 1,53 ponto percentual na comparação com o ano anterior. Os estados responderam por fatia equivalente a 9,09% do PIB, alta de 0,55 ponto percentual no ano. Os governos municipais representaram 2,33% do PIB, crescimento de 0,06 ponto.
O Tesouro estimou que o total da carga tributária nas três esferas de governo tenha totalizado R$ 2,943 trilhões no ano passado. O órgão ponderou que o dado oficial é de responsabilidade da Receita Federal, que ainda não divulgou o levantamento referente a 2021.
No recorte por tipo de tributo, a estimativa aponta que a arrecadação federal teve um incremento de 0,78 ponto percentual do PIB por conta do Imposto de Renda de empresas, além de 0,26 ponto de CSLL (Contribuição Social sobre Lucro Líquido). Um ganho de 0,27 ponto veio do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), por conta do fim da isenção do tributo que havia sido adotada durante a fase mais aguda da pandemia.
Em 2021, a arrecadação do governo federal teve alta real de 17,36%, a R$ 1,879 trilhão, segundo dados da Receita, o melhor desempenho da série histórica iniciada em 1995.