O Credit Suisse, junto com outros grandes bancos, está sob pressão de investidores para interromper o financiamento a projetos que utilizem combustíveis fósseis como forma de limitar o impacto das mudanças climáticas e ajudar as empresas a se afastarem de uma economia dependente de alta emissões de carbono.
Onze acionistas do Credit Suisse apresentaram uma resolução em março pedindo ao banco que reduza a exposição a ativos vinculados a combustíveis fósseis. Esse grupo, com 2,4 trilhões de dólares em ativos, inclui a maior gestora da Europa, a Amundi.
Agora, outros acionistas, incluindo Legal & General Investment Management e Aviva Investors, juntaram-se ao grupo anterior,planejando apoiar a resoluçãoclimática.
O total agora é de 31 investidores, com ativos combinados sob gestão de maisde R$ 24 trilhões, que pré-declararam apoio à medida.
“Dado o risco sistêmico representado pelas mudanças climáticas, é essencial que empresas como o Credit Suisse adotem ações mais rápidas para garantir que sejam parte da solução”, disse Jane Firth, chefe de investimento responsável da Border to Coast.
O segundo maior banco da Suíça enfrentará questões em várias frentes na assembleia de sexta-feira. Empresas que prestam assessoria a investidores recomendaram a rejeição do pedido do conselho de livrar diretores da responsabilidade legal em relação ao ano financeiro de 2020 por uma série de escândalos vividos pelo grupo financeiro. Outro grupo de acionistas busca uma auditoria especial sobre as ações tomadas pelo banco.
O Credit Suisse também alertou que reportará prejuízo de primeiro trimestre. Os resultados serão divulgados na quarta-feira.
O Norges Bank Investment Management, o fundo soberano da Noruega, disse que apoiará a auditoria especial e rejeitará a isenção de responsabilidade dos executivos do Credit Suisse em 2020.