Ibovespa opera estável com peso de bancos e alta de Petrobras

7 de abril de 2022
Amanda Perobelli/Reuters

Sede da B3

A bolsa de valores de São Paulo alternava perdas e ganhos hoje (7), após três quedas seguidas, sob influência negativa do setor financeiro e de Vale, enquanto a Petrobras avançava, após nova indicação do governo à presidência da companhia e com alta dos preços do petróleo.

Às 11h42, o Ibovespa caía 0,16%, a 118.040,23 pontos. O volume financeiro era de R$v7,6 bilhões.

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“O Ibovespa subiu forte dos 108 mil pontos até os 121 mil pontos, sem fazer correção. Por isso, o mercado está testando uma correção e ainda assim sem força”, diz Bruna Marcelino, estrategista-chefe da Necton Investimentos.

A cena local está recheada de declarações de autoridades incluindo falas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto.

O mercado também avalia o anúncio pelo presidente Jair Bolsonaro sobre redução na tarifa de energia a partir do meio de abril, o que impacta inflação. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) referente à março será divulgado na sexta-feira. O mercado vai analisar o número de perto, já que o dado pode calibrar apostas sobre quando o BC deve encerrar o ciclo de alta da Selic.

Marcelino, da Necton, esperava movimento mais positivo de ações sensíveis aos juros, como as do setor de tecnologia, dada a notícia sobre a tarifa de energia e afirmou que “mercado pode estar aguardando os números de inflação para ter uma sinalização mais forte se o ciclo de aumento de juros vai parar em somente mais um aumento de 1 ponto percentual ou se teremos mais alta para conter a inflação ascendente”.

Os mercados de ações norte-americanos operavam em queda leve, ainda sob efeito da ata da última reunião de política monetária do banco central dos Estados Unidos, divulgada na véspera. A ata deu mais detalhes sobre o plano da instituição de reduzir o balanço patrimonial.

Nesta quinta-feira foi a vez da ata da reunião do Banco Central Europeu ser divulgada. As autoridades do BCE se mostraram dispostas a reverter os estímulos monetários na reunião realizada em 10 de março e argumentaram que as condições para elevação dos juros foram atendidas ou estão prestes a ser atendidas.