Enquanto isso, uma pesquisa com analistas profissionais pareceu endossar a esperança do Federal Reserve de controlar o avanço dos preços sem destruir milhões de empregos no processo.
As estimativas para a inflação anual para daqui a um ano na pesquisa trimestral do Fed da Filadélfia, publicada nesta sexta-feira, caíram para 3% ou menos, dependendo da medida de preço específica. Enquanto isso, o consenso sobre a taxa de desemprego nos próximos dois anos subiu dos atuais 3,6% para apenas 3,8%, resultado que, se acontecer, deixaria as autoridades do Fed entusiasmadas.
Na semana, o rendimento do Treasury de dez anos perdia cerca de 20 pontos-base, maior queda desde o início de março, e a expectativa de inflação de dez anos refletida nos Tips (títulos protegidos da inflação) atingiu o menor patamar desde fevereiro.
De fato, um novo indicador de referência de expectativas de inflação da ICE mostrou que a perspectiva para um ano agora baixou para quase 4,5%, ante 6% em meados de abril.
Cerca de metade do recuo nos yields dos Treasuries parece ter sido impulsionado pelo declínio nas expectativas de inflação, escreveu o chefe de política monetária global da Piper Sandler, Roberto Perli em nota na qual separou esse aspecto de outros fatores que contribuem para as mudanças nos rendimentos dos títulos.
Enquanto isso, consumidores parecem acreditar que a pressão sobre os preços não continuará a acelerar.
Dados divulgados nesta sexta-feira em pesquisa da Universidade de Michigan elaborada duas vezes por mês sobre as atitudes do consumidor não mostraram, pelo terceiro mês consecutivo, nenhum movimento ascendente nas perspectivas das famílias para a inflação para um ano, com o prognóstico mantendo-se em 5,4%. A expectativa para cinco anos permaneceu em 3% pelo quarto mês consecutivo.
(Por Howard Schneider e Dan Burns)