Por William Schomberg e David Milliken
LONDRES (Reuters) – O banco central britânico elevou a taxa de juros a 1% nesta quinta-feira, nível mais alto desde 2009, para combater a inflação que agora está acima de 10%, mesmo enviando um alerta de que o Reino Unido corre o risco de cair em recessão.
Economistas consultados pela Reuters previam uma votação por 8 a 1 para aumentar os juros para 1%, com uma autoridade se opondo à alta.
Os bancos centrais em todo o mundo estão lutando para lidar com o aumento da inflação que já chegaram a descrever como transitória quando começou com a reabertura da economia global, antes da invasão da Ucrânia pela Rússia provocar a disparada dos preços da energia.
O Banco da Inglaterra disse que também está preocupado com o impacto das políticas de lockdown contra a Covid-19 na China, que ameaçam atingir as cadeias de abastecimento novamente e aumentar a pressão inflacionária
O movimento do banco central britânico representa a quarta alta consecutiva desde dezembro – o aumento mais rápido nos custos de empréstimos em 25 anos – e ele endureceu sua mensagem sobre novos aumentos, apesar de suas preocupações sobre uma forte desaceleração econômica.
O banco disse que a maioria das autoridades acredita que “algum grau de aperto adicional na política monetária ainda pode ser apropriado nos próximos meses”.
A autoridade monetária ainda retirou a palavra “modesto” para descrever a escala de aumentos dos juros à frente.
A inflação dos preços ao consumidor britânico atingiu um pico de 30 anos de 7% em março, mais do que o triplo da meta de 2%, e o banco central revisou para cima suas previsões de crescimento dos preços para mostrar um pico acima de 10% nos últimos três meses deste ano.
Ele havia dito anteriormente que esperava que a inflação atingisse um pico de cerca de 8% em abril.