Em teleconferência dos resultados do primeiro trimestre, André Natal destacou que em um cenário de restrição da oferta global e alta nos valores internacionais “todos os players estão comprando tudo o que podem da Petrobras”, que tem vendido os derivados com descontos ante os valores globais de 15% ou 20%.
“Então, quando todo mundo tem acesso a isso, este desconto vai para o consumidor, ele não fica no bolso de ninguém”, disse ele, indicando que distribuidores não se apropriam desses valores em um mercado disputado.
A Petrobras afirma que trabalha com preços na paridade de importação, mas que não repassa imediatamente a volatilidade do mercado do petróleo.
A Vibra, maior importadora de combustíveis do Brasil, uma vez que a Petrobras não consegue fornecer toda a demanda dos clientes da distribuidora e de outras, está bem posicionada, disse Natal, uma vez que alguns players que atuam no Brasil estão afastados da importação devido às condições difíceis do mercado.
A conjuntura ressalta a importância de a Petrobras trabalhar com preços próximos da paridade de importação, uma vez que uma situação de desconto desestimula outros players menores a participar do abastecimento do mercado.
O diretor da Vibra disse ainda que a companhia, que importa o equivalente a cerca de 20% de suas vendas de combustíveis, tem sentido uma demanda acima do esperado pelos seus produtos.
(Por Roberto Samora)